terça-feira, 24 de novembro de 2009

Suécia procura Sarney para defender que Brasil escolha caças Gripen para a FAB


Em busca de apoio para a venda de 36 aviões caça ao Brasil, o ministro da Defesa da Suécia, Sten Tolgfors visitou nesta terça-feira o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para defender as aeronaves produzidas pelo país com a promessa de transferência total de tecnologia para o governo brasileiro. A Suécia disputa com a França e os Estados Unidos a venda dos caça ao Brasil, numa ação que envolve intenso lobby das empresas produtoras das aeronaves.

Tolgfors disse que a Suécia não procura um "cliente" para vender os aviões, mas "um parceiro de longo prazo".

O ministro disse que o objetivo do governo da Suécia é firmar uma parceria longa com o Brasil com o objetivo de produzir, em solo brasileiro, futuras aeronaves de combate com a tecnologia sueca.

"Estamos oferecendo total transferência de tecnologia para o Brasil, para que o país tenha a sua própria base tecnológica no futuro para o desenvolvimento de aviões", afirmou após o encontro com Sarney. O presidente do Senado é um dos integrantes do Conselho de Defesa Nacional, que deve decidir o país vencedor da concorrência para a venda dos caças.

Na proposta encaminhada ao governo brasileiro, a empresa sueca Saab ofereceu a produção de avião caça monomotor Gripen. As empresas concorrentes, Boeing (EUA) e Dassault (França), criticam o fato da aeronave possuir apenas um motor, o que automaticamente baixaria os custos do caça.

Tolgfors disse que a proposta sueca prevê uma oferta de "caças mais eficientes" a baixo custo. "Se você olha para o preço, mas também para o nível de tecnologia oferecida e o ciclo de vida doas caças, isso torna os nossos aviões mais competitivos. Com isso, eles acabam custando metade do preço", afirmou.

No início de novembro, o diretor da empresa francesa Dassault no Brasil, Jean Marc Merialdo, classificou de "falta de compostura" informações divulgadas pela SAAB e Boeing (EUA) contra o avião francês Rafale que custaria 40% a mais que os demais concorrentes.

A Dassault, porém, manteve em sigilo o preço de cada aeronave que seria vendida ao Brasil. "Respeitamos o termo de confidencialidade que assinamos com a Força Aérea Brasileira, o que deveria ter sido feito pelos outros concorrentes. Vimos a informação de que a proposta do Rafale seria 40% mais cara que do F-18 [Boeing]. Essa informação não tem fundamento", afirmou Merialdo

Apesar de não falar em valores, Merialdo desmentiu rumores de que o avião sueco Gripen custaria a metade de cada Rafale. Na tentativa de minimizar a proposta da Suécia, Merialdo disse que seriam necessários dois Gripen para executar a mesma missão de um Rafale. Há especulações de que o valor inicial seria de 98 milhões de euros por aeronave vendida ao Brasil, mas a Dassault não confirma a informação.

"Não é correto comparar valores de caças de classes diferentes. O Gripen é um monomotor da classe Mirage 2000, de classe diferente do Rafale, seu sucessor. O Rafale é bimotor que traz mais segurança e capacidade operacional superior. A depender da missão, são necessários dois Mirage 2000 para executar a missão de um Rafale", disse Merialdo na ocasião.


Decisão

A expectativa é que, até o final de novembro, o governo federal anuncie o país vencedor da concorrência para a compra dos aviões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai dar a palavra final sobre a escolha dos aviões, mas prometeu reunir o Conselho de Defesa Nacional para decidir, conjuntamente, se o Brasil vai comprar as aeronaves da França, Estados Unidos ou Suécia. O presidente já admitiu ter preferência pelos aviões franceses.

O caça Rafale, da francesa Dassault, é o preferido da área política, enquanto o Gripen NG, da empresa sueca Saab, continua no páreo por ser um dos mais baratos e oferecer maior transferência de tecnologia. O terceiro concorrente é o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.

Fonte: Folha

Nota do Blog: A proposta suéca é a que do ponto de vista técnico e mesmo estratégico trás mais benefício ao nosso país, pois trata-se de uma aeronave ainda em desenvolvimento, o que nos dará a oportunidade de participar de todo o processo de concepção da aeronave e dominar todos os estágios do desenvolvimento. Além do já exposto há a questão da parceria comercial, que será de grande retorno para nossa nação e também um fator estratégico para criar a indepência de material bélico dos grandes produtores do mercado, sendo uma opção que irá capacitar nossa indústria a produzir em curto espaço de tempo um vetor 100% nacional.
Muitos vem usando como argumento o fato do NG só possuir demonstrador de tecnologia e possuir peças provenientes de outras nações e que isso tiraria a independência brasileira no caso de sofrer veto para vender tal equipamento a outras nações. Mas contra isso há o fato de que estaremos participando desde o inicio do projeto,por tanto teremos a capacidade de estudar e criar soluções para não haver dependência direta de componentes de uma determinada nacionalidade, como exemplo podemos durante o desenvolvimento testar outra turbina de origem que não americana para não termos dependência de Washington.
Sinceramente vejo como sendo o mais atrativo, seja pela tecnologia, seja pelas capacidades, seja pelo baixo custo. Que venham os Gripens!!!
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