terça-feira, 24 de novembro de 2009

Avança diálogo entre Estados Unidos e Cuba


Ainda que discretamente, os Estados Unidos ensaiam um diálogo com Havana. No entanto, os esforços, por enquanto, têm esbarrado na recusa do regime cubano em fazer concessões sobre os direitos humanos e no lobby cubano dentro dos EUA. Em Havana, porém, ninguém mais esconde que o diálogo com Washington sofreu uma mudança profunda desde a chegada do presidente Barack Obama ao poder. A Casa Branca insiste que, sem sinais de abertura, dificilmente haverá espaço para uma aproximação política ou comercial.

Já Cuba deixa claro que não aceita fazer um "gesto de boa vontade" como condição para a aproximação. Para Havana, são os norte-americanos que primeiro devem rever o embargo contra a ilha. Havana afirma que está disposta a dialogar, mas tenta impor suas condições.

Apesar de rejeitar gestos de boa vontade, Havana indica que está disposta a se aproximar de Washington. Hoje, 70% dos alimentos importados pela ilha vêm dos EUA, o que tornou Cuba dependente dos norte-americanos. A maior fonte de renda local ainda é a remessa de dinheiro dos cubanos que vivem nos EUA. Por dia, sete voos já fazem a ligação Havana-Miami.

Para a especialista Laurie Garrett, do Council on Foreign Relations, um dos mais influentes centros de pesquisa dos EUA, até existe vontade política de Obama para mudar a relação com Cuba, mas Washington tem hoje outras prioridades.

"Há uma relação menos agressiva por parte da Casa Branca, mas o fim do embargo dependerá de uma negociação interna entre a Casa Branca, o Congresso e o lobby anticastrista. Com uma crise financeira, duas guerras para resolver (Afeganistão e Iraque) e a disputa para aprovar a reforma do sistema de saúde nos EUA, Obama não tem como colocar Cuba como uma prioridade", disse Laurie.

Fonte: O Estado de SP
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