segunda-feira, 19 de abril de 2010

A ARTE DA GUERRA - PARTE VII


Amigos leitores, peço desculpas pelademora em lançar este capítulo da série "A Arte da Guerra", mas apesar da demora aqui esta o próximo capítulo desta excelente literatura que ainda se faz muito atual nos dias de hoje. Desejo a todos uma excelente leitura


CAPÍTULO VII - MANOBRAS:


Sun Tzu disse:

Em operações militares, o general recebe as ordens do soberano, reúne seus exércitos, formando as unidades, e os mobiliza para confrontar o inimigo. Durante este processo inteiro nada se torna mais difícil do que lutar para colocar-se em uma posição favorável frente ao inimigo.

É difícil, porque se trata de transformar um tortuoso caminho em uma estrada reta, transformar uma desvantagem em vantagem.

Ele pode enganar o inimigo, levando-o a percorre uma rota tortuosa, oferecendo vantagens fáceis; fazendo com que o inimigo chegue depois e seja surpreendido. É isto que quer dizer o artifício de "transformar um caminho tortuoso em reto".


Na manobra não há só vantagens, mas também perigos.

Se você se esforça para ocupar uma posição favorável em uma batalha e conduz a totalidade de suas forças, naturalmente, você terá a sua velocidade reduzida. Se, porém, você deixa para trás as suas tropas, os seus equipamentos e as suas provisões, isto estará perdido.

Assim, se o seu exército, para obter uma vantagem, tivesse que recolher suas equipagens e deixar suas posições com rapidez, executando uma marcha forçada, sem parar nem de dia, nem de noite, os seus principais generais seriam capturados; os seus homens mais fortes e vigorosos chegariam primeiro, os fracos e cansados se desgarrariam. E, deste modo, só 1/10 do exército chegaria na hora certa.

Se eles tivessem que correr para procurar uma posição favorável, o general das vanguardas estaria perdido e só a metade do exército chegaria lá na hora certa.

Se eles tivessem que correr para lutar por alguma vantagem, só 2/3 chegariam.

Todo o mundo sabe que um exército será derrotado pelo inimigo se não tiver equipamentos, provisões ou material de apoio.

Assim é preciso ter muita atenção quando se toma decisões a respeito da realização de manobras, pois um erro durante sua execução pode levar o mais poderoso dos exércitos a derrota mediante a um inimigo proporcinalmente muito inferior.


Conhecimento Pleno

Um chefe de Estado que não entende as intenções, o governo e as políticas dos Estados vizinhos não pode fazer em alianças com eles.

Um chefe que não está familiarizado com as características geopolíticas, topográficas das diferentes montanhas e florestas, dos terrenos sujos, e dos pântanos, não pode administrar a marcha de um exército.

Um chefe que não contrata guias locais não pode obter uma posição favorável no terreno para a batalha.

Sendo assim para conseguir ter um domínio pleno das manobras a seu favor é necessário conhecer muito bem o terreno onde se desenvolverá as operações de suas tropas. Pois como a história recente mostra bem isso é primordial para se conquistar uma vitoria real sobre o inimigo em seu próprio terreno.

Só para efeito de comparação, tomemos o exemplo da URSS durante a campanha do Afeganistão. Eles tomaram rapidamente as principais cidades e territórios, mas não conseguiram vencer a inssurgência e resistência afegã por não conseguir neutralizar tais inimigos na região mais complexa de se desenvolver uma operação militar contra um inimigo que conhece bem seu território a séculos e sabe usar a vantagem do terreno a seu favor. Logo a sensação de vitória experimentada pelos soviéticos deu lugar a da amarga derrota e consequente retirada de suas tropas daquele país.

Hoje no mesmo cenário não vemos muita diferença em relação a operação comandada pelos EUA e seus aliados.


A arte da manobra

Portanto, em operações militares, você pode obter a vitória com estratagemas militares. Você deve manobrar para obter as condições favoráveis, para dispersar ou concentrar o exército de acordo com as circunstâncias.

assim considere as seguintes orientações:


Em ação seja tão rápido quanto o vento forte.

Quando se deslocar seja tão estável quanto as florestas silenciosas que o vento não pode tremer

Quando invadir território inimigo seja tão feroz e violento quanto as chamas de um Vulcão em erupção

Quando estiver parado seja tão firme quanto as montanhas altas


Você deve dividir suas forças para tomar o território do inimigo, e posicioná-la em locais estratégicos para a defesa do território recentemente capturado.

Você deve pesar as vantagens e desvantagens antes de partir para o combate.

Aquele que primeiro domina esta tática, obterá a vitória. Assim é a arte de manobrar os exércitos.


Aqui estão alguns princípios das manobras militares:

Nunca lance um ataque sobre um inimigo que ocupa um terreno alto; nem invista contra o inimigo quando há colinas que o apóiam; nem persiga um inimigo que finja retroceder; nem ataque forças do inimigo que estão descansadas e fortes.

Nunca morda uma isca oferecida pelo inimigo, nem obstrua o inimigo que se retira da frente.

Para um inimigo cercado, você deverá deixar um caminho para a saída; e não pressione com muito vigor um inimigo que está acuado e desesperado em um canto sem saída.

Este são os caminhos para as operações militares.
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