quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Zelaya diz que falou com Kelly sobre contradições dos EUA sobre Honduras


O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nessa madrugada que dialogou com o subsecretário de Estado adjunto para o Hemisfério Ocidental dos EUA, Craig Kelly, sobre a contradição na qual entrou Washington com relação a sua restituição no poder.

"Fizemos uma análise ampla sobre temas do país como as eleições e as contradições que se estão surgindo a respeito das relações dos Estados Unidos com Honduras", ressaltou Zelaya a Rádio Globo após concluir a reunião com Kelly na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

"Eu coloquei a necessidade de esclarecer essas relações porque não se pode seguir tendo uma contradição tão enorme como a que estamos neste momento mantendo com os Estados Unidos", acrescentou.

"Me reconhecem a mim como presidente, dizem que sou o líder democrático de Honduras, que estão lutando pela restituição da democracia e a restituição minha, no entanto estão comparecendo à atividades que está desenvolvendo o Governo que não reconhecem, o Governo ilegítimo do senhor (Roberto) Micheletti", disse.

Zelaya reprova que os EUA que respaldem as eleições gerais que se celebrarão no próximo 29 de novembro, o que na sua opinião, fortalece o regime golpista de Micheletti.

Sem dar mais detalhes sobre a reunião com Kelly, Zelaya reiterou que as relações diplomáticas do Estado hondurenho "com o presidente que os Estados Unidos reconhecem, entram em uma contradição bastante séria do ponto de vista do direito internacional".

Disse que Kelly levará ao Departamento de Estado sua "inquietação" para "tratá-la entre a chanceler hondurenha (Patricia Rodas, que se encontra atualmente em Washington) e a secretária de Estado, Hillary Clinton, possivelmente a partir de hoje".


Fonte: EFE

Nota do Blog: Os EUA divulgaram ter resolvido o caso de Honduras, mas pelo que parece essa novela esta muito longe de terminar, e o alarde de que os EUA resolveram a crise minimizando a atuação exemplar do Brasil?
Ninguém comenta nada. Afinal o Brasil esteve presente e atuante desde o inicio da crise e graças a participação nossa, foi possível abrir um dialogo entre o governo interíno e o deposto. Pois os EUA não se importaram com a crise em Honduras, afinal era interesse deles que Zelaya fosse deposto, mas como sempre os EUA preferem se esquivar de assuntos que não lhe interessam muito, como o retorno de Zelaya ao poder, o que para o Brasil é uma coisa lógica e imprescindível para a manutenção da democracia.
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