
A Chancelaria venezuelana emitiu hoje uma nota na qual afirma que "a origem da instabilidade e da inquietação regional" está "na instalação de bases militares sob o controle irrestrito dos Estados Unidos na Colômbia".
A nota, disse a Chancelaria, é resposta a "recentes declarações de funcionários do Governo dos Estados Unidos sobre seu "interesse em promover a estabilidade e o diálogo" entre Colômbia e Venezuela".
Explica que "o fortalecimento da presença militar dos EUA está orientado a dissuadir, sob a ameaça de intervenções militares, a países que como a Venezuela mantêm uma posição crítica em relação com sua política imperialista".
Além disso, chama a atenção sobre o fato de que o acordo assinado pelos EUA e Colômbia "não contempla operações em terceiros países, mas também não as proíbe explicitamente".
A Chancelaria qualificou de "falsos" os argumentos que as bases serão utilizadas para lutar contra o narcotráfico e o terrorismo e disse que um motivo adicional de preocupação são "as mais recentes violações ao Direito Internacional executadas pela Colômbia e EUA.".
Nesse sentido lembra o "ataque ilegal" da Colômbia ao Equador em março de 2008 e a "Guerra do Iraque", suscitada pelos EUA
"Estas ações ilegais contrárias à letra e espírito da Carta das Nações Unidas e às normas que proíbem o uso da força nas relações internacionais, muito recentemente violadas por parte da Colômbia e os Estados Unidos, justificam a preocupação dos países da América do Sul", diz a nota.
Considera também que o acordo militar é "uma clara cessão de competências próprias do Estado colombiano aos Estados Unidos por parte da administração do presidente Álvaro Uribe".
Destaca as contradições na política externa do presidente americano, Barack Obama, afirmando que ele "manifestou publicamente seu compromisso com o respeito ao Direito Internacional e continua violando de forma reiterada a Resolução 1373 (2001) do Conselho de Segurança, que impede aos Estados oferecer refúgio a que cometam atos de terrorismo e proíbe a denegação das solicitações de extradição de terroristas por razões políticas".
Põe o exemplo da recusa, "através de subterfúgios legais, a extraditar à Venezuela ao terrorista internacional Luis Posada Carriles".
Por tudo isso a Chancelaria assegura que a oferta de "mediar" lançada por funcionários americanos "tem o claro propósito de desviar a atenção de sua responsabilidade primária na crise e resulta grosseira aos olhos dos povos conscientes do mundo".
A nota lembra que a Venezuela colocou que este problema deveria ser debatido "dentro da Unasul".
Igualmente considerou que "se os EUA têm um real interesse em promover o diálogo e a estabilidade regional, deve desistir de transformar à Colômbia na base de operações de sua estratégia regional de dominação e controle sobre os países da América do Sul".
Fonte: EFE

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