terça-feira, 23 de maio de 2017

DCNS é investigada na França por corrupção no Brasil

Contrato bilionário entre a francesa DCNS e o governo brasileiro se torna alvo de  investigação na França. Promotores abriram uma investigação sobre o contrato avaliado em 6,7 bilhões de euros envolvendo a venda de cinco submarinos Scorpene e transferência de tecnologia ao Brasil.
A investigação que tem sido conduzida em parceria com a justiça brasileira, sendo um dos alvos da "Operação Lava Jato" e tem como objetivo investigar a participação de estrangeiros no esquema de corrupção do governo brasileiro, investigando a corrupção envolvendo políticos e empresas no Brasil. Desde 2015, tem sido investigadas potenciais irregularidades no programa de construção dos submarinos brasileiros e o projeto do submarino nuclear, feitos em parceria com a França.

Durante as delações da Odebrecht foi apurado que uma parte do dinheiro investido no programa de submarinos foi desviada para caixa dois de campanhas eleitorais. Também foi relatado um esquema propina envolvendo um lobista e um oficial graduado da Marinha, segundo os delatores.

O acordo assinado em 2008, entre os presidentes Lula e Sarkozy, envolvia a transferência de tecnologia do casco para concepção de submarinos nucleares pelo Brasil, posteriormente, em 2009 foi assinado o contrato para aquisição e construção no Brasil de quatro submarinos da Classe Scorpene e a consultoria para construção do casco do submarino nuclear brasileiro ao custo de 6,7 bilhões de euros, aproximadamente 22 bilhões de reais.

A DCNS condicionou sua participação no acordo mediante a contratação da Odebrecht como parceira no programa, sendo facultado à empreiteira brasileira a construção da base naval de Itaguaí, o que custou aos cofres brasileiros cerca de 6,2 bilhões de reais, sendo tal contratação alvo de criticas devido a dispensa de licitação no processo de contratação da empreiteira.

Representantes da DCNS negam qualquer envolvimento da empresa com os esquemas de corrupção e superfaturamento investigados pela "Lava Jato", porem, a empresa também esta sendo investigada em outros países sob acusação de suborno em contratos para o fornecimento de submarinos para Índia e a Malásia.

O novos submarinos de origem francesa visam substituir os submarinos IKL alemães que deram origem a Classe Tupi e Tikuna, sendo a ultima desenvolvida no Brasil e constituída de um único exemplar apos o cancelamento do segundo submarino da classe. Muitos criticaram a compra do submarino francês, uma vez que já operávamos e possuíamos bastante expertise na tecnologia alemã e sua operação.   

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