quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Uma visão sobre o mercado global de Caças


Após as operações na Líbia e o impacto sobre o mercado de aviões de combate com a atuação pontual de caças como o francês Dassault Rafale, militares e profissionais do setor d defesa encontram-se debruçados sobre as pranchetas para definir planos para atualização e os desenvolvimentos necessários para se manter na vanguarda deste disputado mercado global.

Observando as atuais operações e suas tendências, não esquecendo dos orçamentos cada vez mais apertados, uma questão preocupante fica no ar: Como conseguir investimentos para promover o desenvolvimento de novos programas e a modernização dos seus vetores ?

O que seria melhor? Produzir novos aviões de combate ou optar por estender a vida útil dos atuais os modernizando?

Essa é uma equação por demais complexa, envolvendo muitos fatores, que iniciam pela capacidade de desenvolvimento tecnológico, ao orçamento disponível para programas complexos como o de dar vida á um moderno avião de caça.
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Hoje a necessidade de se manter a frente tecnológicamente é vital no moderno campo de batalha, porém isso tem um alto preço, muitas vezes tornando-se inviáveis á algumas nações arcar sozinhas com tal custo, o que por vezes resulta na opção por projetos em conjunto com outras nações afim de amortizar os custos e viabilizar tais tecnologias
Várias nações hoje possuem em seu inventário aeronaves no fim de sua vida útil, o que as leva ao dilema: Modernizar ou substituir por uma aeronave de nova geração?

Os EUA hoje enfrentam grandes atrasos em seu programa JSF, ou mais conhecido como F-35, programa que sofre com constantes aumentos nos seus custos de desenvolvimento e atrasos nos prazos previstos de entrega. Além desses fatores, os EUA enfrentam uma crise econômica que leva o governo a cortar o máximo possível de gastos em setores como o de defesa, fazendo com que o fantasma do cancelamento ronde o programa JSF.

O Brasil é outra nação que encontra-se em um momento ímpar para definir seu novo vetor. Apesar de levar á final de seu programa FX-2 vetores da 4G+, o país possui ambições de absorver tecnologias e capacidades para embarcar em um projeto nacional que dê origem á um vetor de 5G. O programa FX-2 encontra-se na fase final, sendo disputado pelos caças Dassault Rafale o favorito na disputa , o sueco SAAB Gripen NG e o americano Boeing F-18 Super Hornet, onde a definição depende apenas de condições econômicas favoráveis segundo indicou o governo, estimando que a escolha seja anunciada no primeiro semestre do próximo ano.

Hoje o mercado é  cada vez mais disputado e envolve altas cifras com contratos bilionários, sendo marcante hoje e cada vez mais comuns as cláusulas contratuais de transferência de tecnologias ou co-produção. Neste mercado os principais concorrentes na arena global são o Dassault Rafale, SAAB Gripen NG, Eurofighter Typhoon, Sukhoy Su-35, Boeing F-18 SH e o F-35. O mercado esta aquecido e exigente, onde a influência política nem sempre vem falando mais alto na hora da definição do novo vetor a ser adotado pelas nações que passam pelo processo de atualização de suas forças, lembrando que muitas nações com orçamentos mais humildes vem optando por compras de ocasião ou programas de modernização de seus atuais vetores.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil

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