sábado, 26 de junho de 2010

Israel bombardeia faixa de Gaza pela 1ª vez desde ataque a navio turco


Os ataques de Israel contra alvos palestinos na madrugada desta sexta-feira, que deixaram ao menos dois palestinos mortos, foram a primeira ofensiva militar israelense contra a faixa de Gaza desde o ataque à "Frota da Liberdade", quando o Exército hebreu matou nove ativistas humanitários.

De acordo com médicos palestinos citados pela Reuters, o corpo de um homem foi resgatado de um túnel no sul da costa de Gaza e um segundo cadáver ainda está sob os escombros, após o ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

Segundo o governo israelense os ataques ocorreram em resposta a morteiros lançados pelos palestinos na quinta-feira (24), contra Israel.

Um primeiro bombardeio aéreo foi lançado contra dois túneis no sul de Gaza, e outro teve como alvo um armazém de armamentos no norte do território palestino, informou o Exército do Estado judeu.

Shalit

Ainda hoje centenas de israelenses foram às ruas para marcar o quarto aniversário do sequestro do soldado Gilad Shalit, capturado por militantes palestinos na região da fronteira com a faixa de Gaza. Cerca de 600 pessoas participaram de uma manifestação na cidade de Nahariyah, enquanto outras 250 protestaram em frente ao ministério da Defesa em Tel Aviv.

De acordo com o jornal israelense "Haaretz", manifestantes soltaram 6.000 balões em Haifa para marcar a data do sequestro. Outro ato estava previsto para ocorrer em frente ao escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Israel.

A família do soldado vai iniciar no domingo (27) uma marcha para Jerusalém, onde planejam protestar em frente ao escritório do premiê Binyamin Netanyahu.

"Dessa vez é diferente", disse Noam Shalit, pai de Gilad, citado pelo "Haaretz". "Dissemos que não permitiríamos passar mais um ano sem Gilad. Não iremos para casa sem ele".

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) pediu nesta sexta-feira que o grupo radical islâmico Hamas permita que Shalit se comunique com sua família e possa receber visitas de representantes do CICV.

Shalit foi sequestrado em 25 de junho de 2006. O Hamas, que diz mantê-lo refém, divulgou três carta escritas por ele, uma gravação em áudio e um vídeo com imagens do soldado.

O grupo radical islâmico recusou os pedidos da Cruz Vermelha e do HRW para visitá-lo, dizendo que isso poderia revelar o local onde ele é mantido em cativeiro.

O Hamas exige a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca de Shalit.Tentativas de um acordo para a troca de presos, mediadas pelo Egito e Alemanha, falharam.

Irã cancela navio

Um dos organizadores de um comboio de navios levando ajuda humanitária à faixa de Gaza disse na quinta-feira que a missão foi cancelada devido às "ameaças israelenses", informa o jornal "Haaretz".

A Rádio do Exército informou que um navio iraniano isolado, levando cerca de 60 ativistas, preparava-se para tentar furar o bloqueio marítimo que Israel impõe a Gaza.

Na terça-feira (22), a agência de notícias Isna citou o dirigente do Crescente Vermelho iraniano, Abdolrauf Adibzadeh, dizendo que enviaria no domingo um navio carregado com 1.100 toneladas de ajuda humanitária a Gaza.

No início de junho, o Crescente Vermelho iraniano anunciou sua intenção de enviar um barco de ajuda humanitária e outro com trabalhadores humanitários voluntários a Gaza, em uma tentativa de romper o bloqueio imposto há quatro anos ao território palestino por Israel, inimigo jurado do Irã, que não reconhece o Estado hebreu.

Fonte: Folha
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