quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aeronáutica deve comprar 28 cargueiros da Embraer


O Comando da Aeronáutica tem intenção de comprar 28 cargueiros KC-390, avião militar que está em fase de desenvolvimento pela Embraer. O anúncio será feito nesta manhã pelo Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, durante a feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra.

A intenção de comprar é o primeiro passo antes da assinatura do contrato firme de aquisição, o que só deve acontecer dentro de um ano.

No entanto, essa declaração é fundamental para a Embraer conseguir negociar contratos com parceiros e fornecedores de sistemas, partes e peças do avião. Dentro do modelo de fabricação da Embraer, os parceiros ajudam a financiar o desenvolvimento do avião, sendo cada um responsável por uma parte. Dessa forma, o fabricante da asa, por exemplo, financia o desenvolvimento da asa.

"Com essa declaração da Aeronáutica, estamos trabalhando para que, até o final do primeiro trimestre de 2011, nós possamos anunciar os fornecedores e parceiros estratégicos", disse o vice-presidente para o Mercado de Defesa da Embraer, Orlando José Ferreira Neto. Até lá, a Embraer também espera ter condições de estabelecer o preço final do cargueiro.

O projeto de desenvolvimento do CK-390 envolve 400 engenheiros e está sendo bancado pelo governo brasileiro --como é comum acontecer nessa área de Defesa. O presidente Lula liberou US$ 1,3 bilhão para o projeto em abril de 2009, recurso que foi crucial para evitar mais demissões na Embraer. Em fevereiro de 2009, a Embraer havia demitido 20% de sua força de trabalho, ou 4.000 funcionários.

O kC-390 vai substituir os Hércules, cargueiros utilizados atualmente pela FAB e que estão ultrapassados. O avião deverá ser capaz de transportar 23 toneladas de carga,4 toneladas a mais do que no projeto original.

Há espaço para 80 soldados e até um helicóptero. Um protótipo em tamanho real do cargueiro foi montado nas dependências do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), em São José dos Campos (SP).

A expectativa da Embraer é vender o CK-390 também para outros países. "O mercado possível [ou seja, excluindo países que por razões geopolíticas não comprariam o CK-390] é de 700 unidades para os próximos 15 anos", disse Ferreira Neto.

Fonte: Folha
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