A Türkiye enfrenta uma necessidade urgente: renovar sua força aérea, ainda tendo o F-16 Block 50 como sua espinha dorsal e devem ser elevados ao Block 70, enquanto os veteranos F-4 Phantom "Terminator" se aproximam do fim de sua vida operacional. A exclusão do programa F-35 Lightning II, após a aquisição dos sistemas de defesa aérea russos S-400, tornou ainda mais evidente a importância de reforçar rapidamente a capacidade aérea.
O plano prioritário de Ancara é claro, adquirir 40 Eurofighter Typhoon novos, conforme memorando preliminar com o Reino Unido. A intenção é modernizar a frota e manter superioridade aérea diante de ameaças regionais. Mas obstáculos financeiros e negociais atrasam o fechamento do acordo. Ancara considera a oferta britânica elevada, enquanto o processo exige consenso entre os países do consórcio Eurofighter: Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.
Para não comprometer a prontidão, a Türkiye mantém um Plano B, a compra de exemplares do Eurofighter usados do Catar, na versão Tranche 3A. O Catar possui 24 aeronaves, que poderiam ser transferidos rapidamente, garantindo reforço imediato à força aérea turca. Apesar dos rumores recentes sobre a compra de 10 a 12 aeronaves após a visita oficial do Ministro da Defesa, Yaşar Güler, e do Comandante da Força Aérea Turca, General Ziya Cemal Kadıoğlu, Ancara reiterou que nenhum acordo foi fechado e que anúncios oficiais só ocorrerão após a conclusão da fase de negociação contratual.
Enquanto negocia com o Reino Unido e o Catar, a Türkiye avalia diferentes configurações para manter a prontidão de sua frota. A estratégia combina modernização dos F-16 para o padrão Block 70, a aquisição de exemplares do Eurofighter novos, e se necessário, incorporar unidades de segunda mão do Catar. Essa abordagem garantiria capacidade de combate imediata e flexibilidade operacional até a chegada do caça nacional de quinta geração, o KAAN.
O KAAN é o futuro da força aérea turca. O programa já obteve destaque internacional com a assinatura de um contrato para a venda de 48 aeronaves à Indonésia, consolidando a tecnologia nacional e credibilidade global turca. O KAAN substituirá gradualmente os F-16 e permitirá maior autonomia estratégica, integrando sistemas compatíveis com a infraestrutura turca.
No plano político, Ancara monitora atentamente a Arquitetura de Segurança e Defesa (SAFE) da União Europeia. Fontes do Ministério da Defesa alertam que alguns membros da UE buscam excluir aliados de fora do bloco, usando o mecanismo como alavanca política. As declarações visaram principalmente a Grécia, que pressiona para expandir suas águas territoriais para 12 milhas. a Türkiye defende que inclusão, solidariedade estratégica e visão coletiva são essenciais para a segurança regional e destaca seu papel central na estabilidade europeia e do Mediterrâneo oriental.
Até a entrada do KAAN em operação plena, a Türkiye seguirá uma estratégia clara, manter F-16 modernizados como sua espinha dorsal, avançar na aquisição de Eurofighter Typhoon novos, se necessário incorporar unidades usadas do Catar. Essa combinação assegura prontidão imediata, reforço aéreo estratégico e capacidade de projeção de poder, enquanto Ancara consolida sua posição como aliado confiável e ator relevante na segurança regional e global.
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