quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Bangladesh deve se tornar o próxima nação a adquirir caças J-10CE da China, após o Paquistão

Os caças multifuncionais J-10 desenvolvidos pela Chengdu Aircraft Corporation como resposta chinesa ao F-16 americano, estão prestes a conquistar um novo operador internacional. Após o Paquistão, que já emprega o modelo com sucesso, o Bangladesh se prepara para se tornar o segundo país do mundo a adquirir o J-10CE, versão de exportação da aeronave de 4,5ª geração.

A negociação faz parte de um amplo programa de modernização das Forças Armadas de Bangladesh, que inclui a aquisição de novos sistemas antiaéreos e radares. Embora o governo ainda não tenha confirmado oficialmente o tipo de aeronave escolhida, fontes governamentais indicam fortemente a opção pelos J-10CE, reforçando os laços estratégicos com Pequim.

Segundo estimativas publicadas pelo Defense News, o acordo prevê a compra de até 20 caças J-10CE até 2027, com valor aproximado de US$ 1,2 bilhão, cifra que pode chegar a US$ 2,2 bilhões ao incluir treinamento, manutenção e peças de reposição. O pagamento seria realizado em parcelas ao longo de dez anos, até meados da década de 2030.

O J-10CE, considerado o melhor modelo de exportação da China, incorpora tecnologias avançadas de radar AESA, aviônicos modernos e alta manobrabilidade. O caça é capaz de executar missões de superioridade aérea e ataque de precisão, posicionando-se como um concorrente direto de aeronaves como o Rafale francês e o F-16V americano.

A reputação da aeronave foi consolidada após o confronto aéreo entre Índia e Paquistão em maio de 2025, quando um J-10C paquistanês abateu um Rafale indiano, marcando a primeira perda em combate do jato francês, um evento de grande repercussão internacional.

De acordo com Brendan Mulvaney, diretor do Instituto de Estudos Aeroespaciais da China, ligado à Força Aérea dos EUA, o desempenho do J-10CE “demonstra que a China atingiu um novo patamar tecnológico, produzindo sistemas competitivos que já influenciam o equilíbrio do poder aéreo regional”.

Além do aspecto técnico, a escolha do Bangladesh tem forte dimensão geopolítica. O país tem ampliado sua cooperação militar com Pequim nos últimos anos, adquirindo carros de combate leves Type 15 e submarinos Type 035G, consolidando uma dependência crescente da indústria de defesa chinesa.

Embora o governo de Daca também tenha avaliado alternativas ocidentais, como o Eurofighter Typhoon, o menor custo operacional, a compatibilidade com sistemas já em uso e a facilidade de integração logística acabaram favorecendo o caça chinês.

Com o avanço das negociações, o Bangladesh se junta ao Paquistão como principal vitrine internacional da indústria aeronáutica chinesa, e o J-10CE se firma como um instrumento de projeção de poder e influência de Pequim no estratégico tabuleiro do sul da Ásia.


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