A crescente necessidade de proteger litorais, águas territoriais e infraestrutura crítica tem levado países a explorar soluções econômicas e de rápida implantação para defesa costeira. Nesse contexto, o Sistema de Mísseis de Defesa Costeira (CDMS) da Saab emerge como uma alternativa eficaz aos vultosos investimentos em novos navios de superfície, oferecendo capacidade antinavio a partir de plataformas terrestres.
Baseado na consagrada família de mísseis RBS-15, o CDMS permite neutralizar embarcações hostis a alcances superiores a 300 km, dependendo do míssil utilizado. O sistema opera com o RBS-15 Mk3, com alcance superior a 200 km, ou com o RBS-15 Mk4, que deve atingir mais de 300 km a partir do final da década de 2020. Ambos possuem trajetória baixa sobre a superfície do mar, alta velocidade subsônica e função de “disparo e esquecimento”, dificultando a detecção inimiga e aumentando a probabilidade de acerto com uma única ogiva altamente explosiva.
A configuração do CDMS é modular e altamente móvel: cada veículo baseado em caminhão transporta quatro mísseis montados em uma unidade lançadora padrão de 20 pés, que pode ser ocultada e rapidamente acionada para disparo. Após o lançamento, as equipes podem executar uma manobra de “atirar e evadir”, deslocando-se em menos de 120 segundos para evitar contra-ataques. A coordenação é gerida por um posto de comando de bateria móvel, conectado a sistemas de vigilância terrestre, naval e aérea, incluindo drones e radares, garantindo dados precisos de direcionamento.
O sistema também contempla flexibilidade logística, com veículos dedicados para reposição de mísseis em cerca de 15 minutos, e pode ser adaptado para uso marítimo, instalado em embarcações multifuncionais como módulo de missão contêinerizado. Além da Suécia, operadores internacionais como Finlândia, Alemanha, Polônia, Bulgária e Croácia já utilizam os mísseis RBS-15, fortalecendo a interoperabilidade e a estabilidade regional em áreas estratégicas como o Mar Báltico.
No Brasil, o conceito de defesa costeira terrestre também está em desenvolvimento. O Corpo de Fuzileiros Navais em conjunto com a SIATT, vem integrando os mísseis antinavio nacionais MANSUP à plataforma ASTROS, garantindo mobilidade e rapidez de emprego. Além disso, uma versão de alcance estendido, o MANSUP-ER, encontra-se em fase de desenvolvimento, com previsão de superar os 200 km de alcance, ampliando a capacidade de dissuasão e proteção das águas territoriais brasileiras com tecnologia nacional.
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