quarta-feira, 7 de julho de 2021

O GBN Defense conversou com Moshe Gontow, CEO da IAI

Na manhã desta quarta-feira (7), nosso editor Angelo Nicolaci, foi convidado para participar de um encontro virtual com CEO da IAI do Brasil, Moshe Gontow, que apresentou um pouco sobre as divisões da IAI e os resultados e investimentos do grupo no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas para defesa. A IAI é uma estatal israelense que detém uma posição de destaque no mercado de defesa, atuando em escala global, fornece tecnologias e soluções nos mais variados nichos do mercado de defesa, com suas exportações hoje representando 74% de sua produção.


Nosso editor levantou dois importantes pontos de interesse no que se refere a programas estratégicos para o Brasil. O primeiro ponto levantado, se referia a possibilidade da IAI apresentar o sistema Barak como solução à necessidade brasileira de incorporar um moderno e eficiente sistema de defesa aérea. 

Com relação ao sistema Barak, Moshe Gontow frisou as capacidades que o sistema entrega. O BARAK apesar de se tratar de um sistema moderno, podemos o classificar como maduro, sendo um sistema comprovado operacionalmente que maximiza as capacidades de detectar e responder a ameaças em diversas camadas, desde curto, médio ou longo alcance, contando com sensores e sistemas radares integrados que podem identificar, acompanhar e fornecer a solução de tiro contra as mais variadas ameaças, num raio que pode compreender até 150km para resposta, e monitorar um raio de centenas de quilômetros. A IAI acompanha e possui condições de oferecer ao Exército Brasileiro uma solução madura, customizada para atender as necessidades brasileiras, segundo o CEO da IAI.


Nicolaci citou dentre os pontos de interesse, os desafios enfrentados pelo Brasil com relação ao gerenciamento de suas fronteiras secas, onde a principal ameaça é representada pela ação do narcotráfico e contrabandistas de armas, onde as forças de segurança brasileiras tem tido muitas dificuldades para monitorar e responder a esta ameaça. 

Para Moshe Gontow, o Brasil apresenta suas particularidades, se tratando de uma país continental, mas que a IAI tem interesse de trabalhar junto ao Exército Brasileiro, o qual tem desenvolvido o complexo e ambicioso programa SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras).

Nesse campo a IAI possui capacidade e uma abordagem completa para atingir resultados em se tratando do controle de fronteiras, o qual passa por uma rede de controle amparada por varias camadas de sistemas e sensores. Porém, o primeiro passo para concepção deste sistema, é a inteligência, onde é necessário identificar a ameaça, onde ela esta, de onde ela vem e quais suas intenções e características de ação. Seja esta ameaça representada por grupos paramilitares, narcotraficantes ou contrabandistas. 

Essa inteligência em camadas, começa com monitoramento da ameaça mesmo quando esta ainda não pode ser "vista", isso engloba toda uma tecnologia de monitoramento com sistemas de rastreamento e inteligência de comunicações, a qual deve possibilitar identificar e georreferenciar a ameaça quando a mesma ainda não esta próximo das zonas de fronteira. Essa camada é a responsável por alertar sobre a identificação da ameaça, repassando as informações a segunda camada.

É preciso concentrar esforços em sensores e sistemas que traduzam o alerta prévio na detecção e acompanhamento da ameaça física, possibilitando uma avaliação do cenário tático,  com a consciência situacional estabelece-se a tática adequada para neutralizar essa ameaça. Isso é feito com emprego de sistemas eletro-ópticos, sejam eles sistemas helitransportados ou contando com VANT's (Veículo Aéreo Não Tripulado), e como Moshe Gontow lembrou, o Brasil já conta com sistemas VANT da IAI.


A IAI possui uma vasta gama de sensores e radares, capazes de identificar e acompanhar alvos em vários alcances, com soluções capazes de monitorar e acompanhar veículos, barcos e pessoas caminhando ou mesmo nadando em rios, com raio superior aos 20km !

Esses sistemas eletro-ópticos, combinados com sensores COMINT capazes de captar a comunicação desses chamados "grupos", sendo possível saber o que conversam e planejam entre si, através dos mais vários meios de comunicação que possam empregar, possibilitam obter uma melhor análise do cenário, o que passa à próxima camada do sistema de controle, que é exatamente as forças de segurança e sua presença física com agentes e meios para efetuar a interceptação e neutralização da ameaça na zona de fronteira.

Esse conceito em camadas, amparado por toda uma gama tecnológica que a IAI pode disponibilizar ao Brasil, permite compilar todas as informações sobre quem, como, quando e onde  interceptar, fornecendo uma solução eficiente para controle das fronteiras.

Essa apresentação nos recordou de nossa última visita ao stand da IAI durante a edição da LAAD 2019, onde a mesma apresentou esse tipo de solução para controle de fronteiras, o qual pode ser customizado para atender aos requisitos e desafios próprios do Brasil.

Foi com certeza uma grata oportunidade de conhecer um pouco melhor a IAI do Brasil, e embora o tempo curto, tratou-se apenas de um primeiro encontro de estreitamento com as mídias especializadas em defesa do Brasil, e deve prosseguir com novas oportunidades, onde o GBN Defense trará um pouco mais sobre o amplo leque de soluções que a IAI pode oferecer como solução aos nossos desafios no campo de segurança e defesa.


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