sábado, 28 de agosto de 2010

A Guerra de informação entre EUA e Irã


Olli Heinonen, ex-inspetor-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou ao jornal francês Le Monde que o Irã acumulou urânio pouco enriquecido suficiente para produzir uma ou duas bombas atômicas.

Vale ressaltar que o urânio em posse do Irã é enriquecido a 20%, muito abaixo do requisitado para concepção de uma arma nuclear, pois como já citei em artigos anteriores e comentei em diversas postagens, a aplicação militar necessita o enriquecimento superior a 90%. Tal capacidade inexiste no Irã hoje, o que mostra claramente a intenção de se manipular a opinião pública a respeito da questão iraniana, pois vale a pena recordar que em 2003 acusavam o Iraque de possuir armas de destruição em massa, o que foi usado como argumento para a invasão, e como sabemos, jamais encontrou-se nada.

A guerra de informação entre o Irã e os EUA e seus aliados tem marcado a mídia, principal meio em destaque, pois de um lado vem as acusações contra o programa iraniano e a intenção de se atacar preventivamente por parte de Israel e EUA, do outro o Irã defende a intenção de uso pacífico da energia nuclear, ao mesmo tempo promove ensaios e apresentação de novos meios militares como forma de desestimular um ataque a sua nação.

Hoje ao meu ver o tabuleiro geopolítico do Oriente Médio esta em grande nebulosidade, pois as sanções não tem surtido qualquer efeito contra o programa nuclear iraniano que segue a todo vapor. Outro fato preocupante é a corrida armamentista que tem se desenvolvido naquela região, embora de forma discreta, é notável, pois os vizinhos de Teerã tem investido bilhões na modernização de suas forças armadas, uma clara amostra da tensão que tem se instalado na região.

Uma vertente interessante que ainda não ouvi ninguem comentar, é o fato de que a tensão provocada pelo impasse entre EUA e o Irã tem aquecido o mercado de armas internacional, em especial o americano, que nos últimos anos tem sofrido com a queda no orçameno militar americano, sendo assim a potencialidade de um conflito em uma região tão tempestuosa aquece o mercado, criando a necessidade de se manter no "Estado da Arte" para lidar com um hipotético conflito aos vizinhos do Irã.

Fonte: GeoPolítica Brasil

Autor: Angelo D. Nicolaci
EDITOR
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