terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Porta-Aviões e F-35B para o Japão e Coréia do Sul?

Em meio a crescentes tensões na região, tanto o Japão quanto a Coréia do Sul estão estudando opções para operar com o caça F-35 embarcados. Para isso ambos estariam dispostos a converter alguns de seus navios em navios aeródromos.

Segundo duas importantes agências de notícias asiáticas, ambos países estaria considerando a adoção da versão F-35B STOVL, devido as características de pouso e decolagem. Para operar com esses caças, o Japão estaria avaliando converter seu moderno Destroyer Porta Helicopteros, DDH-183 Izumo ou DDH-184 Kaga, em Navio Aeródromo capaz de operar com grupo aéreo embarcado composto por uma ala de caças F-35B. A Coréia do Sul também estaria disposta a adotar a mesma solução japonesa, adaptando seu Navio de Assalto Anfíbio LPH Dokdo para operar com F-35.

A adoção dos F-35B pela JMSDF (Força de Auto Defesa Marítima do Japão), combinados a conversão do DDH Izumo em Navio Aeródromo, conferiria ao Japão uma grande flexibilidade e capacidade de projeção de força como não é visto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Propiciando um considerável aumento em suas capacidades de defesa e ataque.

Porém, o Ministério da Defesa nipônico nega a existência de qualquer plano para conversão do Izumo ou Kaga, afim de operar com aeronaves F-35B embarcadas. Mas admite que esta em andamento uma série de estudos que visam avaliar as capacidades de defesa japonesas.

A série de modificações necessárias nos navios em questão, são bastante extensas e dispendiosas, lembrando que o navio sul-coreano é no momento o único de sua classe em operação, com seu navio gêmeo em fase de construção. Para termos uma idéia, para operar o F-35B, ambos navios teriam de passar por uma verdadeira “reconstrução”, onde atualmente o LPH-6111 Dokdo é capaz de operar com 10 helicópteros embarcados, dispondo de um convoo de 199 metros, enquanto o DDH-183 Izumo possui capacidade de operar até 28 helicópteros, sendo 14 aeronaves de porte médio/grande embarcadas em sua configuração padrão, contando com convoo de 248 metros.

Apesar das dimensões, não é tão simples quanto se imagina adaptar esses dois navios para operar com F-35B, ambas as classes de navios devem receber modificações radicais tanto internamente, como externamente para operar o F-35B, dentre essas podemos citar a aplicação de revestimento protetor térmico nas áreas do convoo, necessárias para suportar o calor dos gases de escape durante as operações de pouso e decolagem verticais do F-35B, especula-se que o convés de vôo deverá receber uma rampa Sky-Jump para permitir decolagens curtas, medida que seria apenas uma medida de segurança, pois ambos navios possuem comprimento suficiente em seu convoo para permitir aos F-35B uma decolagem segura sem o uso de uma Sky-Jump.

Seguindo com as modificações necessárias para operação do F-35B, os paióis de munição deverão ser reforçados e ampliados para receber os mísseis e suprimentos do F-35B, assim como ter os tanques de combustível de aviação ampliados para atender a maior demanda pelos F-35B.

Embora haja negativa da parte japonesa com relação a esses planos, cabe lembrar que mesmo que não admitindo, existe a possibilidade do navio receber as necessárias modificações. Ressaltando que no caso sul-coreano há possibilidade de implementar as modificações necessárias no LPH-6112 Marado, navio gêmeo da Classe Dokdo.

Ambos países são operadores da versão convencional F-35A, o que leva a crêr que não haveria barreira dos EUA quanto a venda da versão F-35B para seus aliados.

Do ponto de vista geopolítico, a conversão de navios da classe Izumo em porta-aviões, poderia acarretar alguns atritos internos no Japão, o que seria uma mudança significativa em sua postura de defesa e provavelmente uma questão contenciosa, podendo ser confrontada pela constituição pacifista do Japão, a qual proíbe o país de adquirir meios de projeção de força e ataque denominando “potencial de guerra”.

Porém, a constituição do Japão não explicita as capacidades específicas ofensivas ou não. Em vez disso, o governo japonês interpreta o "potencial de guerra" como se referindo à força total das Forças de Autodefesa do Japão em relação a ameaças potenciais e condições internacionais, e não uma determinada capacidade principalmente ofensiva ou defensiva.

As ações da Coréia do Norte, com repetidos testes de mísseis balísticos e o crescimento vertiginoso das capacidades de defesa e projeção de força da China, tem sido apontados como principal motivo para o aumento nos investimentos de defesa asiáticos, em especial da Coréia do Sul e Japão, os quais não apenas tem adquirido novos meios, mas avaliado e implementado novas doutrinas e capacidades as suas forças militares como um todo.


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com agências

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