sábado, 30 de dezembro de 2017

Com baixa procura A380 pode deixar de ser produzido

A Airbus está elaborando planos de contingência para eliminar a produção do maior jato comercial do mundo, o  A380, caso não consiga uma nova encomenda da Emirates.
Com uma venda muito longe do estimado pela fabricante européia, que apenas 10 anos após a entrada em serviço, enfrenta um momento difícil, ameaçando por fim a história de um dos ícones mais visíveis da indústria aerospacial da Europa, tendo levado a um grande investimento por parte dos aeroportos para atender as operações aéreas deste gigante dos céus.
"Se não houver um acordo com a Emirates, a Airbus iniciará o processo de encerramento da produção do A380", segundo informações de dentro da Airbus. Um dos fornecedores acrescentou que esse movimento foi lógico devido à fraca demanda pela aeronave.
A Airbus e a Emirates se recusam a comentar sobre as negociações. A Airbus também se recusou a dizer quantas pessoas estão envolvidas trabalhando nas linhas de produção do A380.
Espera-se que qualquer suspensão da produção seja gradual, permitindo que a Airbus conclua os pedidos que restam ser entregues, principalmente para Emirates.
As encomendas são suficientes para manter os trabalhos na linha de produção até o início da próxima década mantendo as taxas de produção atuais.
O A380 foi desenvolvido a um custo de 11 bilhões de euros para levar cerca de 500 pessoas e desafiar o reinado do Boeing 747.
Mas a demanda por esses golias de quatro motores caiu quando as companhias aéreas escolheram modelos menores de dois motores, que são mais fáceis de ocupar e mais baratos de manter. 
A Emirates, no entanto, tem sido um forte investidor no A380 e é o maior cliente com uma encomenda total de 142 aeronaves.
As conversas entre a Airbus e a Emirates sobre uma nova encomenda para 36 aeronaves no valor de 16 bilhões haviam sido suspensas no Dubai Airshow. Acredita-se que as negociações tenham sido retomadas, mas não há sinais visíveis que um acordo esteja próximo. 
Embora as companhias aéreas, como a British Airways, tenham manifestado interesse no A380, a Airbus está relutante em manter as linhas de produção abertas sem a certeza de que um pedido firme como o da Emirates pode fornecer.
A Emirates, por sua vez, quer uma garantia de que a Airbus manterá a produção durante uma década para proteger seu investimento.
A decisão de cancelar a produção do A380 marcaria uma ruptura entre a Airbus e um dos seus maiores clientes, o que comprometeria o crescimento futuro da Emirates para as recentes encomendas da Boeing. Fontes europeias dizem que a incerteza da Emirates reflete a crescente influência americana no Golfo sob o presidente Donald Trump, mas as fontes da indústria dos EUA e dos EAU negam que a política esteja envolvida no negócio.
Há também obstáculos potenciais para um acordo sobre opções de motor e suporte pós-venda.

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com The Jordan Times
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