sábado, 20 de novembro de 2010

Otan usará novos meios para enfrentar ameaças globais


O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta sexta-feira que a Organização se dotará de novos meios e "capacidades comuns" para enfrentar as ameaças globais.

Rasmussen abriu, nesta sexta-feira em Lisboa, a cúpula de dois dias ressaltando que a reunião será "uma das mais importantes na história" pela transformação que os chefes de Estado e Governo dos 28 países aliados devem aprovar.

"Aqui vamos definir a direção que a Organização vai seguir nos próximos dez anos", afirmou o secretário-geral.

Para responder as novas ameaças, a cúpula sancionará um novo conceito estratégico, pelo qual a Otan poderá atuar em qualquer lugar do mundo sempre que considerar que a segurança de algum de seus membros está ameaçada.

Até agora, a Otan delimitava o território tradicional de atuação às fronteiras dos países integrantes, mas este princípio foi superado pela intervenção no Afeganistão, país no qual a Organização dirige a força Isaf sob mandato da ONU desde 2003.

A cúpula também aprovará a criação de um sistema de defesa contra ataques com mísseis balísticos, ao qual quer se associar à Rússia.

Os líderes aliados também fixarão um esquema de calendário da saída das tropas de combate do Afeganistão, de modo que a transferência do controle da segurança às autoridades do país termine em 2014.

Além disso, a cúpula acordará uma reforma interna da organização "para torná-la mais eficiente e efetiva", de modo que os cidadãos dos países-membros obtenham um maior resultado nos investimentos em defesa, ressaltou o secretário-geral.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, assinalou como anfitrião que a cúpula, de número 22 na história da organização, será "um ponto de inflexão na evolução da Organização".

Assim como Rasmussen, Sócrates destacou que com esta cúpula a Otan "reforçará a capacidade para intervir em situações que coloquem a segurança em perigo".


Otan se prepara para combater ciberataques

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) quer se preparar para combater os crescentes ataques cibernéticos, tarefa incluída entre as metas do novo conceito estratégico que os líderes aliados aprovarão na cúpula que começa nesta sexta-feira em Lisboa.

A tecnologia impera nas sociedades e "as ameaças cibernéticas contra infraestruturas básicas em nossas nações crescem dia a dia", afirmou nesta sexta-feira o secretário-geral Anders Fogh Rasmussen, em um ato realizado em Lisboa antes da abertura da cúpula.

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Por essa razão, o responsável da Otan considera que esse assunto se transformou em um problema transnacional que também compete à organização.

"A Otan é uma organização de segurança multilateral, o que significa que pode e deve fazer uma contribuição real diante desse tipo de problemas", acrescentou.

Rasmussen mencionou a questão dos ataques cibernéticos durante um discurso que proferiu em um encontro com jovens líderes dos países aliados, aos quais explicou as novas ameaças que espreitam o mundo na atualidade.

A luta contra este tipo de crimes integrará o novo conceito estratégico da Otan, que será aprovado na cúpula de Lisboa e que enumera os objetivos da organização político-militar para a próxima década.

Fonte: EFE
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