quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ocidente deveria parar de ameaçar o Irã, diz Mahmoud Ahmadinejad


As potências mundiais deveriam parar de ameaçar o Irã se quiserem obter resultados nas conversações sobre o programa nuclear do país, disse nesta quinta-feira o presidente da República Islâmica, Mahmoud Ahmadinejad.

Em declarações à imprensa durante uma visita ao Azerbaijão, ele não deu indicações sobre a realização de conversações marcadas para o dia 5 de dezembro entre o Irã e seis potências mundiais: Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Alemanha .

"Se eles querem alcançar resultados positivos, deveriam parar de pensar como agressores. Há entre eles os que pensam como agressores, e eles acham que podem obter resultados positivos nos pressionando e nos ameaçando", disse Ahmadinejad.

"Eles deveriam mudar seus velhos métodos, do contrário os resultados serão os mesmos. Nenhum embargo pode mudar o povo iraniano."

Tanto o Irã como as potências expressaram intenção de se reunirem para conversações em 5 de dezembro, mas não concordaram sobre o local. Ahmadinejad disse que o Irã propôs que o encontro seja realizado em Istambul, e as seis potências sugeriram Genebra.

Potências ocidentais suspeitam que o Irã esteja tentando produzir armas nucleares, usando como fachada um programa de pesquisas para uso civil. O governo iraniano diz que seu único objetivo é gerar eletricidade.

NEGOCIAÇÕES

Ainda na semana passada a chefe das Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, propôs o encontro entre seis países e o mais alto negociador do Irã para a questão nuclear.

Após consultas às seis potências mundiais envolvidas nas negociações com o Irã, Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha. Um diplomata europeu afirmou que Ashton escreverá ao negociador-chefe iraniano, Saeed Jalili, propondo um encontro em 5 de dezembro, provavelmente na Suíça.

Jalili escreveu nesta semana para Ashton, propondo um encontro em 23 de novembro ou 5 de dezembro, em Istambul.

Se as conversas, que estão sendo negociadas há quase seis meses, forem confirmadas, será a primeira vez em mais de um ano que o Irã concorda em um encontro para discutir o seu programa nuclear, que as potências mundiais acreditam ser destinado à construção de bombas atômicas, mas que Teerã alega ter fins pacíficos.

A pressão para que o Irã volte à mesa de negociações aumentou desde que a ONU, os Estados Unidos e a União Europeia passaram a impor sanções mais severas ao país, em junho.

Se 5 de dezembro for confirmada como a data do encontro, e um local for acertado, as negociações podem durar por até três dias com representantes das seis potências mundiais presentes, disseram diplomatas da UE.

Ashton, escolhida como chefe dos assuntos externos da UE em dezembro passado, recebeu das seis potências mundiais constituídas pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU somados à Alemanha a incumbência de negociar com o Irã.

Ela disse que todos os assuntos, inclusive o programa de enriquecimento de urânio, devem estar à mesa para debate.

Em cartas escritas desde julho, Jalili não descartou negociações nucleares diretas, mas pediu que Ashton primeiramente expressasse sua posição sobre as armas nucleares do "regime sionista", uma referência a Israel, que não confirma nem nega que tenha bombas atômicas.

Fonte: Folha
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