sábado, 20 de novembro de 2010

Otan define nova estratégia e aprova sistema antimísseis


A Otan aprovou nesta sexta-feira, em Lisboa, a criação de um sistema antimísseis na Europa para proteger seus países membros de um eventual ataque, no primeiro dia da Cúpula para definir a estratégia da Aliança Atlântica na próxima década.

"Fico satisfeito em anunciar que, pela primeira vez, acertamos desenvolver um sistema de defesa antimísseis que será capaz de cobrir todo o território e a população dos países europeus membros da Otan e dos Estados Unidos", disse o presidente americano, Barack Obama.

O projeto se integra ao novo 'conceito estratégico' que define a atuação da Otan na próxima década e que determina que a preparação contra um eventual ataque com mísseis é, a partir de agora, "um dos elementos centrais defesa coletiva".

O novo conceito substituirá a estratégia anterior, adotada em 1999, dois anos antes dos atentados do 11 de Setembro.

A ideia é conectar os sistemas antimísseis europeus e americanos no Velho Continente e ampliar sua cobertura, diante da clara ameaça de um ataque deste tipo, a partir do Irã, que não foi citado.

Com o objetivo de virar definitivamente a página de um período de tensão com a Rússia a partir do conflito na Geórgia, em agosto de 2008, os 28 líderes da Aliança Atlântica prometeram convidar Moscou a cooperar com o projeto.

"Buscaremos ativamente uma cooperação com a Rússia e com outros sócios euroatlânticos no setor de defesa antimísseis", destaca o texto.

Os 28 dirigentes da Otan manterão no sábado, à margem da Cúpula, uma reunião com o presidente russo, Dimitri Medvedev, na qual proporão integrar o futuro sistema antimísseis à Rússia, a fim de garantir a integridade do território russo.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pediu ao Senado dos Estados Unidos que ratifique o tratado nuclear START com a Rússia, e advertiu que qualquer atraso será "prejudicial" para a segurança da Europa.

"Um atraso na ratificação do tratado START será prejudicial para a segurança na Europa. Peço a todas as partes envolvidas que façam o máximo para garantir a a rápida confirmação do acordo".

Obama reafirmou que o tratado é uma "prioridade de segurança nacional para os Estados Unidos, e a mensagem que recebi desde que cheguei (a Lisboa) dos líderes da Otan não poderia ser mais clara: o novo START reforçará nossa aliança e a segurança europeia".

O texto prevê uma redução de 30% do número de cabeças nucleares em poder das duas superpotências atômicas e verificações recíprocas mais transparentes.

No sábado, os 28 líderes da Otan devem adotar as diretrizes para transferir, entre 2011 e 2014, a segurança do Afeganistão às forças locais. Atualmente, 140 mil militares estrangeiros estão no território afegão.

"Vamos iniciar uma nova fase, com a transição para uma responsabilidade afegã (das operações de segurança) a partir de 2011", revelou Obama.

Rasmussen confirmou que "vamos entrar em uma fase fundamentalmente nova no Afeganistão com o lançamento do processo de transição, que começará no início de 2011, em uma data ainda não determinada, e que, se as condições permitirem, será completado em 2014".

O objetivo é que a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan passe o controle da segurança distrito por distrito, com períodos de transição de entre 18 e 24 meses, ao exército e à polícia afegãos.

Rasmussen prevê que será necessário o envio de várias centenas de militares suplementares para treinar as forças locais antes do final de 2011.

Fonte: AFP
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