
Amigos leitores, retomando a publicação da série "A Arte da Guerra", trago até vocês o sexto capítulo desta fascinante obra, que foi escrita a mais de 2 mil anos e que é válida ainda em nossos dias, uma obra de um grande estrategista chinês, General Sun Tzu. Apreciem e absorvam este conhecimento vital não só nos campos de batalha, mas em nossas vidas diárias também.
Boa leitura
CAPÍTULO VI - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS:
Sun Tzu disse:
"Aquele que ocupa o campo de batalha por primeiro, e espera o inimigo, estará descansado; aquele que chega depois e se lança na batalha precipitadamente estará cansado.
Assim, um general competente movimenta o inimigo e não será manipulado por ele.
Apresente uma vantagem aparente ao inimigo e ele virá até sua armadilha. O ameace com algum perigo e você poderá pará-lo.
Então, a habilidade do general consiste em cansar o inimigo quando este estiver descansado; deixá-lo com fome quando estiver com provisões; movê-lo quando estiver parado."
Explorando pontos Vulneráveis
Um general e suas tropas podem marchar uma distância de quilômetros sem causar desgaste, se a marcha se der onde o inimigo não possui defesas para confronta-lo.
Se um general ataca com confiança é porque sabe que o inimigo não pode se defender ou fortalecer sua posição. Se um general defende com confiança é porque está seguro que o inimigo não atacará com superioridade de forças naquela posição.
Assim, contra o especialista em ataque, o inimigo não sabe onde se defender. Por outro lado, contra um especialista em defesa, o inimigo não sabe onde atacar.
Um exemplo bem atual que ilustra essa capacidade de explorar tal vantagem foi a "Operação Irak Freedom", onde os americanos fizeram incursões de ataque sobre o espaço aéreo iraquiano com um contigente aéreo bem menor do que o utilizado na primeira "Guerra do Golfo", onde podemos notar a diferença clara das capacidades de defesa iraquianas, uma vez que na última operação as mesmas eram minimas.
Outro exemplo se dá no mesmo cenário, onde as tropas americanas avançaram rapidamente pelo território iraquiano, devido a pouco resistência apresentada pelas forças de defesa do Iraque.
Com relação á posição de defesa, podemos citar o Vietnã, onde os americanos não tinham a capacidade de definir seguramente pontos chaves para ataques durante o conflito, uma vez que o oponente era perito na arte de se ocultar e defender-se, valendo-se de emboscadas e táticas de contra ataque.
Características:
Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro.
Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação.
Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos.
O inimigo não pode opor resistência o seu ataque, porque este irrompe nos seus pontos fracos.
Ao recuar, o general não pode ser perseguido, porque, movendo-se tão rapidamente, o inimigo não terá condições de perseguí-lo ou alcançá-lo.
Determinando as movimentações do inimigo
Sun Tzu disse:
"Se nós resolvermos atacar, o inimigo não terá escolha, mesmo defendido com altas muralhas e fossos profundos, pois será compelido a lutar conosco porque atacamos onde ele deve defender.
Se nós resolvermos não lutar contra ele, nós não o faremos, pois, mesmo que a nossa defesa seja apenas uma linha desenhada, nós o desviaremos para outro objetivo.
Se nós conseguirmos fazer o inimigo denunciar sua posição, ao mesmo tempo em que ocultamos a nossa, podemos reunir as nossas tropas e dividir as do inimigo.
Se nós concentrarmos nossas forças em um lugar, enquanto o inimigo dispersa suas próprias forças em dez lugares, então nós seremos dez contra um quando lançarmos o nosso ataque.
Se nós tivermos que usar muitos para golpear poucos, então será bastante fácil negociarmos, pois o inimigo será pequeno e fraco."
Utilizando das precauções do Inimigo
O lugar que nossas forças pretendem atacar não deve ser do conhecimento do inimigo. Deste modo, se ele não puder prever o lugar do nosso ataque terá que se precaver em muitos lugares e quando ele toma precauções em muitos lugares, suas tropas, qualquer que seja o local, será pouco numerosa.
Se o inimigo toma precauções na frente, sua retaguarda estará fraca; se ele toma precauções na retaguarda, sua frente será frágil; se sua esquerda estiver fortalecida, sua direita estará debilitada; se sua direita estiver bem preparada, a sua esquerda será destruída facilmente; se ele fortalece em todos lugares, ele estará, em todos lugares, fraco.
Aquele que possui poucas forças tem que tomar precauções em todos lugares contra possíveis ataques; aquele que tem muitas tropas compele o inimigo a preparar-se contra seus ataques.
Determinando a situação do inimigo
Sun Tzu certa vez disse:
"Na minha opinião, embora as tropas (inimigas) do Yue sejam muito numerosas, de que forma isto poderá ajudá-los a obter uma vitória contra nós ?
Eu digo que a vitória pode ser criada. Até mesmo se as tropas do inimigo forem muitas, nós podemos achar um modo de torná-las impossibilitadas de lutar."
Considere e analise a situação do inimigo e onde ele deseja batalhar, assim, você pode ter uma compreensão clara das suas chances de sucesso.
Determine os seus padrões de ataque e de defesa, descubra os seus pontos vulneráveis. Contando o número de suas tropas, você pode saber o valor das forças e as insuficiências que ela apresenta.
Realize escaramuças para determinar onde o inimigo é forte e onde ele é vulnerável. Pois assim poderá determinar a estratégia mais adequada de Ataque e defesa, lembrando que o bom general sempre busca esta um passo a frente de seu oponente, avaliando suas próprias vulnerabilidades e as do inimigo, analisando as posiveis reações do mesmo contra sua incurssão e as medidas a serem adotadas de antemão
O mais elevado dom da arte militar de enganar o inimigo é esconder suas intenções. Assim, mesmo os espiões mais penetrantes do inimigo não poderão espionar e, nem sequer o homem mais sábio poderá conspirar contra você.
Mesmo que você torne público o posicionamento estratégico que o levou às vitórias, elas não serão compreendidas. Embora todo o mundo saiba suas táticas vitoriosas, jamais conseguirão aprender como você foi chegou a definir a posição vantajosa que o levou a vitória.
Portanto, as vitórias em batalha não poderão jamais serem repetidas, as circunstâncias de cada combate são mutáveis e exigem uma resposta própria e particular.
Táticas Militares
Táticas militares são como água corrente. A água corrente sempre se move de cima para baixo, evita o terreno alto e flui para o terreno baixo. Assim, são as táticas militares, sempre evitam os pontos fortes do inimigo e atacam os seus pontos fracos.
Assim como o rio altera o seu curso de acordo com os acidentes do terreno, o exército varia seus métodos de obter a vitória de acordo com o inimigo.
Portanto, o modo de lutar nunca permanece constante, assim como a água nunca flui da mesma maneira.
Aquele que dirige as operações militares com grande habilidade, pode obter a vitória empregando táticas apropriadas de acordo com as diferentes situações do inimigo. Tal qual os cinco elementos, onde nenhum é exclusivamente predominante, as quatro estações, das quais nenhuma dura para sempre; os dias que são ora longos, ora curtos; e a lua, que ora cresce e ora mingua.
Autor: Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolitica Brasil
Nota: Clicando sobre o título desta postagem você terá acesso aos primeiros capítulos desta série, ou se preferir basta clicar no marcador na barra lateral.
Em breve publicaremos mais um capítulo desta fantástica obra, sob a analise deste editor que deseja compartilhar com todos vocês amigos leitores este conhecimento ímpar, que pode ser utilizado não só nos campos de batalha, mas nos negócios e em nossas próprias vidas cotidianas.
Um grande abraço a todos.
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