domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sanções do Ocidente não serão eficazes, diz autoridade do Irã


Sanções do Ocidente contra o Irã para inibir suas polêmicas atividades nucleares não terão o efeito desejado contra o país, que está se voltando cada vez mais para o apoio de nações asiáticas, afirmou um representante de negócios iraniano.

Mohammad Nahavandian, diretor da Câmara de Comércio iraniana, disse que as sanções aumentaram os custos para o comércio do país, mas que os líderes locais haviam desprezado o impacto das sanções dos EUA e da ONU contra a república islâmica.

"Foi provado que a economia iraniana não é sancionável... o objetivo das sanções é político e nunca foi alcançado," disse Nahavandian em entrevista à Reuters.

"Sim, existem custos econômicos. Sim, os custos de transação aumentaram...mas o comércio não será interrompido e não foi interrompido."

Os Estados Unidos e seus aliados europeus vêm tentando pressionar o Irã a suspender seu programa nuclear, que o Ocidente teme ser uma fachada para a fabricação de bombas atômicas. O Teerã diz que o projeto tem objetivos pacíficos e não será interrompido.

Os EUA, que impuseram sanções em grande parte do comércio do Irã desde a revolução islâmica de 1979, está pressionando por uma quarta rodada de penalidades da ONU sobre o Irã, devido à sua resistência em desistir da tecnologia atômica.


OLHOS PARA A ÁSIA

Nahavandian disse que o Irã estava aumentando negociações com países não-ocidentais, inclusive da Ásia e países regionais.

A China, membro com poder de veto do Conselho de Segurança da ONU, está relutante em aprovar maiores sanções contra a república islâmica.

Empresas ocidentais estão cada vez mais preocupadas em investir no Irã, o quinto maior exportador de petróleo do mundo, por causa da disputa nuclear e da instabilidade política no país.

Sanções mais duras podem ser direcionadas aos bancos iranianos, assim como indivíduos e empresas ligadas à organização elitista das Guardas Revolucionárias do Irã.

A organização substituiu empresas estrangeiras em alguns projetos, aumentando atividades financeiras e cobrindo áreas como importação e exportação, petróleo e gás natural, defesa, transporte e construção civil.

Fonte: Reuters
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