quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

China pede cautela aos EUA em relação à venda de armas a Taiwan


A China pediu aos Estados Unidos para falarem e agirem com cautela a respeito da venda de armas a Taiwan, em uma tentativa de evitar um "maior dano" nas relações entre Pequim e Washington, informou a agência oficial de notícias "Xinhua".

As declarações foram resposta a um relatório de inteligência militar americano que afirma que as Forças Aéreas da ilha não estão equipadas para resistir a um eventual ataque chinês.

Segundo a imprensa local, os especialistas militares chineses consideram que o fato de os EUA minimizarem a capacidade de combate aéreo de Taipé é uma fachada para a venda de armas à ilha.

"Qualquer outra venda de armas, especialmente se os EUA vender aviões de combate F-16 a Taiwan, aumentará as já tensas relações com a China", disse Tan Kaijia, professor da Universidade de Defesa Nacional do Exército de Libertação Popular da China.

Na terça-feira passada, o primeiro-ministro taiuanês, Wu Deem-yih assegurou que Taipé "não abandona seu pedido de 66 aviões de combate F-16" e acrescentou: "não retrocederemos até que a venda seja aprovada".

Por outro lado, um porta-voz militar chinês ressaltou hoje que a posição de Pequim de suspender seus intercâmbios militares com os EUA em resposta ao plano de Washington de vender armas a Taiwan "não mudou".

A China decidiu no mês passado suspender os intercâmbios militares com Washington depois que o Governo dos EUA notificou perante o Congresso que planejava vender a Taiwan equipamentos bélicos avaliados em US$ 6,4 bilhões, mas não incluía os aviões F-16 pedidos pela ilha.

Após o anúncio de venda de armas por Washington a Taipé, os líderes chineses consideram que o Governo americano rompeu sua promessa.

Em Taiwan, o anúncio foi interpretado como uma reafirmação do compromisso dos EUA com a defesa da ilha, alinhado com a Ata de Relações de Taiwan de 1979, contra o poderio militar chinês.

Taipé é um dos maiores motivos de conflito entre EUA e China, já que Pequim considera a ilha como parte de seu território (apesar de ela estar autogovernada desde 1949) e exige que Washington pare de fornecer apoio militar.

O encontro recente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com o Dalai Lama; o conflito da censura do Google na China; os direitos humanos e a valorização do iuane são outros dos assuntos que dificultam as relações bilaterais.

Fonte: EFE
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