terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Irã prestes a construir usinas


O Irã anunciou ontem a intenção de iniciar em março a construção de duas novas usinas de enriquecimento de urânio, que ficariam escondidas nas montanhas para evitar ataques aéreos.

O anúncio foi feito por Ali Akbar Salehi, diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), pouco depois de o general David Petraeus, comandante das forças americanas no Iraque e no Afeganistão, afirmar que os Estados Unidos aplicarão de agora em diante “a via da pressão” para evitar que o Irã dê continuidade a seu programa nuclear. – Se Deus quiser, será possível começar no próximo ano iraniano a construção de duas usinas de enriquecimento, por ordem do presidente Mahmud Ahmadinejad – declarou Salehi.O ano iraniano começa em março.

– Cada uma destas duas usinas terá a mesma capacidade que a usina de enriquecimento de Natanz – indicou. A instalação de Natanz, a única no Irã, atualmente, pode operar com até 50.000 centrífugas. – Contemplamos utilizar novas centrífugas nestas duas usinas – acrescentou Salehi, antes de informar que "as novas usinas serão construídas no coração das montanhas" para que fiquem "protegidas contra qualquer ataque".

Em novembro do ano passado, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, anunciou que seu país construiria dez novas usinas de enriquecimento de urânio, depois dos enérgicos protestos das grandes potências contra a construção de uma segunda usina de enriquecimento perto da cidade sagrada xiita de Qom. De acordo com o último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã instalou em Natanz 8.610 centrífugas, 3.772 das quais estão enriquecendo urânio sob sua supervisão.

Na frente diplomática, as nações europeias reunidas em Bruxelas pareciam divididas nesta segunda-feira sobre a questão de aumentar as sanções contra o Irã. No entanto, vários de seus pares europeus disseram que as vias diplomáticas ainda não estavam esgotadas, e insistiram na necessidade de uma decisão do Conselho de Segurança. No domingo, Petraeus afirmou que os EUA aumentarão a pressão sobre a República Islâmica.

Junto com Israel, seu principal aliado no Oriente Médio, Washington não descarta, por outro lado, a organização de ataques militares contra as instalações nucleares iranianas. As grandes potências suspeitam que o Irã esteja enriquecendo urânio para fabricar armas nucleares, acusação rejeitada por Teerã. O Irã descarta iniciar uma guerra, mas responderá “com brutalidade" a qualquer ataque”.

Fonte: Jornal do Brasil
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