terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A ARTE DA GUERRA - PARTE IV


Prezados leitores, após um certo tempo de atraso, o qual venho pedir desculpas, venho lhes trazer a continuação de nossa série "A Arte da Guerra".

A seguir vocês poderão desfrutar do quarto capítulo desta obra prima que é valida ainda hoje mesmo após mais de dois mil anos de escrita.

Desejo a todos uma boa leitura e para acessar a série completa com todos os posts, basta clicar sobre o título da postagem ou a baixo na barra de marcadores.



CAPÍTULO IV - POSIÇÕES TÁTICAS

Sun Tzu disse:
No passado, os guerreiros hábeis tornavam-se, eles próprios, invencíveis. Depois, esperavam as oportunidades para destruir o inimigo.


Princípios da invencibilidade

Segundo Sun Tzu, ser invencível depende da própria pessoa, derrotar o inimigo depende dos erros do inimigo.

Então, o perito pode tornar-se invencível, mas não pode garantir como certa a vulnerabilidade do inimigo.

É por isto que se diz: "a pessoa pode predizer uma vitória, mas esta não pode ser forçada".

Com isso temos a ter como base que precisamos antes de tudo garantir que tomemos decisões acertadas e que não haja precipitação quando ao tomar decisões, pois os acertos dentro de nossa própria linha é a chave para um combate vitorioso, ainda que este não esteja certo, pois ainda irá depender do momento certo para se promover o ataque, e isso irá depender também dos erros e falhas de nosso inimigo, isso requer uma visão impar para que possa julgar exatamente o momento de "Ouro" para o desfecho, pois caso não saiba esperar este momento, toda a camapanha e sua invencibilidade podem estar comprometidos assim como sua vitoria.


Conceitos de Ataque X Defesa

Quando não há nenhuma chance de vitória, assuma uma posição defensiva; quando há uma chance de vitória, lance um ataque.

Se as condições favoráveis são insuficientes, você deverá se defender; se as condições favoráveis são abundantes, você deverá fazer um ataque.

O especialista em defesa oculta a si mesmo até debaixo da terra. O especialista em ataque golpeia o inimigo de cima das altas esferas do céu. Assim, ele é capaz de proteger-se a si mesmo e obter a vitória.

O que Sun Tzu quer dizer com estas palavras é que devemos ter discernimento ao avaliar nossas condições táticas e o posicionamento que devemos adotar, pois uma postura arrogante do general pode arruinar o exercito se este não reconhecer que a chance de vitoria é nula ou remota. Neste caso podemos citar o exemplo Vietcong no inicio da guerra do Vietnã, onde assumiram basicamente uma postura defensiva, atraindo o inimigo a suas emboscadas e criando desgaste de suas forças, para após reverter o quadro de vantagem a seu favor, lançar ataques que lhes renderam a vitória. Como todos sabemos, os generais envolvidos naquele conflito tinham "A Arte da Guerra" como livro de "cabeceira" e isso lhes rendeu o conhecimento necessario para derrotar um inimigo muito superior em termos de capacidade bélica e tecnologica.

Com relação a lançar um ataque quando a chance de vitoria, isso ficou muito claro durante os últimos anos da Segunda Guerra Mundial, onde a União Soviética soube manter-se na defensiva, criando uma linha no Rio Volga, onde deteve por muito tempo o avanço Nazista. Mas quando Stalin e seus generais observaram uma chance de vitoria, não se fizeram de rogados e lançaram um ataque de grandes proporções que empurrou os alemães de volta a Berlin, este foi o caso mais clássico e objetivo que podemos usar aqui para definir a utilização das táticas de defesa X ataque. Todos conhecemos bem como foi duro resistir ao cerco de Stalingrado, e todo o desgaste sofrido pelas tropas alemãs, que também serve de exemplo de ataque fora de época, uma vez que foi ignorado a capacidade de resistência do inimigo e as condições climáticas e de terreno que iremos estudar a frente nesta série.


Condições de uma Vitoria

A previsibilidade de uma vitória não excede ao bom senso de pessoas comuns.

Uma vitória que é ganha após uma luta feroz, e é louvada universalmente, não é o apogeu da excelência. Assim como o levantar de um fio de cabelo não é sinal de força, como ver o sol e a lua não é sinal de visão aguçada, tampouco escutar um trovão não é dom de audição aguda.

Os antigos diziam que o perito na arte da guerra vencia quando a vitória era facilmente previsível.

Assim, uma batalha vencida por um perito não traz reputação de sapiência ou crédito de coragem.

O que devemos compreender é que ser vitorioso não é o ápice, você ñunca poderá se garantir em vitorias obtidas, pois cada batalha é única, podem se repetir algumas condições, mas nunca será da mesma maneira e nunca poderão se adotar as mesmas posições táticas. Pois a guerra é vencida quando se conhece bem a si mesmo e nos tornamos invencíveis, pois o ponto chave da vitoria não esta na pericia de se lutar, mas na pericia de se conduzir as decisões nos momentos chave, e principalmente em saber observar o momento certo de adotar as posições necessárias para se valer das falhas e fraquezas do inimigo, pois isso é o que determinara a vitoria certa.

As vitórias do perito são infalíveis, pois, este só combate quando o inimigo já está derrotado e ele, destinado a derrotar.

Portanto, o perito ocupa uma posição invencível e, ao mesmo tempo, esta seguro de não perder nenhuma oportunidade militar para derrotar o inimigo.

Assim, um exército vitorioso não lutará com o inimigo até que esteja seguro das condições de vitória, enquanto que, um exército derrotado inicia a batalha e espera obter vitória depois.

O perito sempre entende os princípios de guerra e adota as políticas corretas, de forma que vitória estará sempre em suas mãos.


Elementos e princípios fundamentais:

Há cinco elementos importantes nas regras militares:

o primeiro é a análise do terreno;

o segundo é o cálculo de força de trabalho e dos recursos de material;

o terceiro é o cálculo da capacidade logística;

o quarto é uma comparação da sua própria força militar com a do inimigo;

o quinto é uma previsão de vitória ou derrota.


Um general excelente terá a sabedoria para entender que:

na avaliação do terreno, ele deve verificar as características físicas de um campo de batalha;

o cálculo da força de trabalho e dos recursos de material servem para as estimativas da quantidade de provisões;

a capacidade logística deve atender às necessidades das provisões;

na balança do poder, um dos pesos é baseado na capacidade logística;

a possibilidade da vitória é baseada na balança do poder.


Nas palavras de Sun Tzu:

Um exército vitorioso e como um peso de 100 quilos contra um de apenas algumas gramas, ao passo que, um exército derrotado é como um peso de poucas gramas se opondo a algumas centenas de quilos.

O primeiro tem uma vantagem óbvia sobre o segundo.

Um general que dispõe de todo aquele peso e lançar seus homens à batalha e obter a vitória será comparado com a força de águas represadas que se lançam para baixo de uma altura de dez mil pés.



Autor: Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolitica Brasil


Nota: Em breve publicaremos mais um capítulo desta fantástica obra, sob a analise deste editor que deseja compartilhar com todos vocês amigos leitores este conhecimento ímpar, que pode ser utilizado não só nos campos de batalha, mas nos negócios e em nossas próprias vidas cotidianas.

Um grande abraço a todos.
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1 comentários:

  1. Mais uma excelente matéria...
    A arte da guerra de Sun Tzu é um livro obrigatório para qualquer comandante militar, este livro traz pontos fundamentais para a decisão de um combate, e um general que possui tais conhecimentos esta bem a frente de um que não os possui...

    Um grande abraço Angelo...

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