quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FAB traz 32 brasileiros que estavam no Suriname


Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) enviado ao Suriname pelo governo do Brasil decolou de Paramaribo às 19h05 (20h05 em Brasília) desta quarta-feira com 32 brasileiros que desejam deixar a região onde "marrons" surinameses descendentes de quilombolas atacaram garimpeiros na noite de quinta-feira (24).

O Hércules C-130 deve chegar a Belém (PA), por volta das 22h30, segundo informações do Ministério de Relações Exteriores. Inicialmente as autoridades informaram que o número de brasileiros que seriam repatriados era de 33. O avião viaja equipado com uma UTI móvel, médicos, enfermeiros e auxiliares.

Segundo o Itamaraty, o avião trará ao Brasil os aqueles que manifestaram interesse em deixar o Suriname, entre eles três feridos em situação estável. Todos estavam na cidade de Albina quando os ataques aconteceram e fugiram sem documentos, por isso receberam uma autorização de retorno concedida pela Embaixada do Brasil no Suriname.

O ministério informou ainda que todos receberam da embaixada um par de calçados, uma muda de roupa e cem dólares, dinheiro que pode ser utilizado para ajudar os brasileiros a se locomoverem de Belém para as próprias cidades.

Um primeiro voo trouxera de volta cinco pessoas, mas devido à baixa procura de brasileiros interessados em retornar, não há previsão de novos envios de aeronaves. Segundo diplomatas, em geral, os brasileiros resistem em deixar o Suriname mesmo depois do confronto em Albina.

Retirados de Albina, por questão de segurança, eles estão abrigados em hotéis de Paramaribo Confort, Esmeralda, Nobre e Perola com despesas pagas pelo governo do Brasil. Outros estão em casas de amigos, na mesma região.

Nesta quarta-feira, a Embaixada do Brasil em Paramaribo divulgou uma lista com nomes de 124 brasileiros que estavam na região de Albina, no dia do crime.

Uma das principais dificuldades do MRE é que a maioria dos cerca de 15 mil brasileiros que estão no Suriname é ilegal e não dispõe de documentação.

Conforme testemunhas, quilombolas surinameses atacaram cerca de 200 brasileiros e outros estrangeiros como chineses e javaneses que viviam na região de Albina, na noite de Natal. A maioria das vítimas é ligada ao garimpo ilegal. Os "marrons" estavam revoltados com a morte de um surinamês, atribuída a um brasileiro. Pelo menos 25 ficaram feridos no ataque. Houve também agressões físicas, estupros e depredações.

Nesta terça-feira (29), o MRE confirmou que brasileiras foram estupradas durante o ataque em Albina. O total de mulheres violentadas está entre dez e 20 e inclui estrangeiras, conforme o ministério.

Não há registro oficial de mortes, e o governo brasileiro pede cautela na definição sobre um número de desaparecidos.

O padre José Virgílio da Silva, que dirige a rádio Katólica e deu assistência aos brasileiros vítimas do ataque, afirmou que há pelo menos sete desaparecidos inclusive brasileiros. De acordo com relatos de brasileiros que moram no Suriname, quilombolas surinameses teriam matado e jogado os corpos das vítimas nos rios e matas da região.

Nesta terça-feira, o MRE esclareceu que não nega a existência de desaparecidos, mas ressaltou que é comum, para aqueles que vivem na região de Albina e trabalham em garimpos no interior do Suriname e da Guiana Francesa, passar "semanas na floresta", sem comunicação. "Por esse motivo, é necessário aguardar antes de considerar 'desaparecido' qualquer desses cidadãos", afirmou o MRE, em comunicado.

Fonte: Folha

Nota do Blog: Espero que haja uma pressão maior de nosso governo sobre aquele governo para que sejam caçados e julgados os autores desta bárbarie.
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