O Irã anunciou a substituição das defesas aéreas danificadas durante o confronto com Israel ocorrido em junho deste ano, segundo informou a agência iraniana Defah Press, citando o vice-diretor de operações do exército regular, Mahmoud Mousavi. A ofensiva, marcada por intensos ataques aéreos israelenses e o lançamento de mísseis e drones iranianos contra alvos israelenses, revelou fragilidades nas camadas defensivas do país persa.
De acordo com Mousavi, embora parte das defesas tenha sido comprometida durante os bombardeios israelenses, os sistemas foram prontamente substituídos por equipamentos já pré-posicionados em locais estratégicos. "Algumas de nossas defesas aéreas foram danificadas, isso não é algo que podemos esconder, mas nossos colegas usaram recursos nacionais e os substituíram por sistemas pré-arranjados que foram armazenados em locais adequados para manter o espaço aéreo seguro", declarou o oficial iraniano.
Antes do conflito, o Irã já contava com um robusto aparato antiaéreo, composto principalmente pelo sistema Bavar-373 de fabricação local, considerado análogo ao S-300, além de unidades operacionais do próprio sistema russo S-300. A reportagem não indicou a chegada de novos sistemas estrangeiros ao país após os eventos de junho, reforçando a ênfase do regime iraniano na autossuficiência militar e na capacidade de reposição com tecnologia doméstica.
A escalada militar entre Teerã e Tel Aviv reacendeu preocupações sobre a estabilidade no Oriente Médio. Durante os confrontos, Israel conseguiu impor sua superioridade aérea, penetrando o espaço aéreo iraniano e neutralizando centros de comando e unidades de defesa, o que provocou críticas internas e análises sobre vulnerabilidades do aparato militar iraniano.
No entanto, em um movimento semelhante ao ocorrido após os ataques israelenses de outubro de 2024 contra fábricas de mísseis no Irã, o regime voltou a apostar na demonstração de força como resposta estratégica. À época, o país realizou exercícios militares em que expôs baterias de mísseis antiaéreos russos como sinal de resiliência e dissuasão.
Com a reposição dos sistemas danificados e a reafirmação de sua capacidade de defesa, o Irã busca projetar uma imagem de prontidão diante de futuras ameaças, em meio a tensões regionais que seguem em alta. Ainda assim, analistas internacionais seguem atentos à evolução da situação, especialmente diante da possibilidade de novos embates diretos entre as duas potências rivais.
GBN Defense - A informação começa aqui
com Reuters
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