O Exército Brasileiro oficializou, por meio de portaria publicada pelo Estado-Maior do Exército, a adoção do Míssil Superfície-Superfície MAX 1.2 AC como armamento de dotação da Força Terrestre. A decisão representa um avanço significativo rumo à autonomia em sistemas de armas de alta tecnologia, fruto de um projeto nacional desenvolvido pela brasileira SIATT.
A medida é resultado da 2ª Reunião Decisória do projeto, concluída em 26 de março de 2025, e segue as diretrizes do ciclo de vida de sistemas militares, com a adoção formal autorizada pelo Chefe do Estado-Maior do Exército. O Comando de Operações Terrestres (COTER), o Comando Logístico (COLOG) e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) já foram designados para conduzir as etapas de incorporação, distribuição e operação do sistema.
Um sistema nacional de alta precisão
O MSS MAX 1.2 AC é um sistema de mísseis anticarro portátil, guiado por laser beam rider (comando semi-automático via linha de visada), projetado para atuação em diversos cenários de combate terrestre. Sua concepção modular permite tanto o emprego por tropas a pé quanto sua instalação em plataformas blindadas, como viaturas M113BR, EE-9 Cascavel e futuras viaturas nacionais.
Principais características técnicas:
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Alcance: mínimo de 200 metros e máximo superior a 3 km
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Velocidade: 240 m/s
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Cabeça de guerra: carga oca com 2,2 kg de explosivo, capaz de perfurar mais de 700 mm de blindagem RHA
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Guiagem: comando semi-automático por feixe laser (laser beam rider)
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Espoleta: por impacto
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Propulsão: sólido, dois estágios, baixa emissão de fumaça
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Óptica: com magnificação de 7x e compatibilidade com sistemas térmicos
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Resistência: operação em condições climáticas adversas e imune a interferências eletrônicas (jamming)
Com essas capacidades, o MAX 1.2 AC se posiciona como uma solução eficaz contra blindados modernos e fortificações, sendo altamente preciso mesmo contra alvos móveis. Sua operação é simples e intuitiva, exigindo pouco treinamento, e o sistema pode ser operado por apenas dois militares, o que garante flexibilidade tática.
SIATT: tecnologia de ponta desenvolvida no Brasil
A SIATT, empresa brasileira responsável pelo projeto, tem se destacado como um dos pilares da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) do Brasil. Com ampla experiência em mísseis, guiagem, controle e integração de sistemas complexos, a empresa já participa de programas estratégicos como o míssil antinavio MANSUP da Marinha do Brasil.
O desenvolvimento do MAX 1.2 AC é um reflexo direto da capacidade da indústria nacional de entregar soluções modernas, seguras e eficazes, promovendo soberania tecnológica e reduzindo a dependência de armamentos estrangeiros.
Integração à Força Terrestre
A partir da adoção oficial, o Exército iniciará uma nova fase no projeto, com foco na capacitação de operadores, testes operacionais avançados e definição de doutrina de emprego. O sistema será incorporado progressivamente em unidades de infantaria e cavalaria mecanizada, e deverá reforçar a capacidade de resposta do Exército Brasileiro em contextos de guerra convencional e cenários assimétricos.
Com o MAX 1.2 AC, o Brasil passa a contar com um sistema anticarro nacional à altura dos desafios modernos, combinando autonomia estratégica, economia de recursos, geração de empregos qualificados e potencial para exportação a países aliados.
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com Exército Brasileiro
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