A evolução dos coletes balísticos vai além da resistência e da leveza. Em situações reais de uso, principalmente sob altas temperaturas e longas jornadas de trabalho, o conforto e a mobilidade tornam-se aspectos essenciais para garantir a segurança dos usuários, e esse desafio é ainda maior quando as usuárias são mulheres. Para elas, a busca por ergonomia não é apenas uma questão de conforto, mas também de proteção vital.
Pensando nisso, a DuPont desenvolveu a fibra de copolímero de aramida Kevlar® EXO™, que representa um importante avanço tecnológico. Com potencial de reduzir em até 25% o peso dos coletes tradicionais, o material se destaca pela capacidade de se adaptar melhor à silhueta humana, especialmente à feminina, sem a necessidade de bojos rígidos ou moldes termoformados, que costumam restringir a mobilidade e causar desconforto.
De acordo com Marcelo Fonseca, líder do Negócio de Defesa da DuPont para a América Latina, o desempenho balístico não depende apenas da resistência do material, mas também do ajuste adequado do colete ao corpo. Segundo ele, um colete mal ajustado pode gerar áreas de folga que, em caso de disparo, aumentam o risco de trauma severo, hemorragia interna ou até perfuração, mesmo quando o colete é tecnicamente capaz de conter o projétil. Esse risco é ainda maior em regiões do corpo com anatomia mais complexa, como o tórax feminino. “Se o colete não estiver bem ajustado e a usuária for atingida em uma área com contornos, como os seios, o perigo se eleva consideravelmente”, alerta Fonseca.
Para garantir que o colete ofereça não apenas proteção, mas também liberdade de movimento, a DuPont firmou parceria com o laboratório alemão Hohenstein, especializado em biomecânica. Juntas, as empresas desenvolveram métodos de testes quantitativos que simulam ações comuns no dia a dia de quem utiliza esse tipo de equipamento, como agachar, curvar-se ou amarrar o coturno. Esses testes medem com precisão como o colete afeta a mobilidade e a pressão em áreas sensíveis, como pescoço, ombros e costelas. Segundo Fonseca, essas metodologias superam os tradicionais testes qualitativos, que podem ser influenciados por fatores externos, como fadiga, calor ou mesmo o humor dos participantes. “Com dados concretos e análises biomecânicas, conseguimos medir o impacto real do colete sobre o corpo. Coletes mais flexíveis permitem ao usuário manter o foco total na missão, sem comprometer sua destreza e desempenho”, afirma.
Além do conforto e da proteção, o Kevlar® EXO™ também se destaca pela durabilidade. A fibra apresenta robustez comparável ao Kevlar® tradicional, com alta estabilidade térmica, o que a diferencia de materiais como o polietileno balístico. Segundo Fonseca, mesmo após longos períodos de uso em condições de calor extremo e armazenagem prolongada, os coletes fabricados com Kevlar® EXO™ ou Kevlar® mantêm sua integridade e desempenho. “Em países com clima severo, como o Brasil, materiais menos robustos tendem a degradar rapidamente, comprometendo a segurança. Já o Kevlar® EXO™ oferece resistência superior mesmo nessas condições”, explica.
Outro diferencial importante do Kevlar® EXO™ é a possibilidade de reciclagem, o que reforça o compromisso da DuPont com a sustentabilidade e a economia circular. O material pode ser reaproveitado em setores como o de transporte, sendo utilizado em pneus, pastilhas de freio e outros componentes automotivos. Fonseca revela que, com o avanço das tecnologias, agora também é possível recuperar as fibras mesmo quando combinadas com resinas flexíveis, o que amplia ainda mais as possibilidades de reaproveitamento do material.
A DuPont é líder global em inovação com materiais e soluções baseadas em tecnologia, oferecendo produtos que transformam indústrias e o cotidiano em diversos mercados, como eletrônicos, transporte, construção, água, saúde e segurança do trabalhador.
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