quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Cobertura exclusiva da "V Conferência das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa"

Na manhã desta terça-feira (7), sob uma fina garoa chegamos a Escola de Guerra Naval (EGN) na Urca, onde fomos convidados pela Marinha do Brasil para acompanhar a abertura da "V Conferência das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", evento de grande importância para integração entre os países de língua portuguesa, os quais possuem somados uma população de mais de 280 milhões de pessoas, sendo o quinto idioma mais falado no mundo, e o terceiro no Ocidente. Nesta quinta edição, participa pela primeira vez a Marinha da Guiné Equatorial. 

Conforme publicamos anteriormente, esta é a segunda vez que o Brasil recebe o evento, com a cidade do Rio de Janeiro sediando mais uma vez o encontro dos líderes das marinhas e guardas-costeiras da comunidade de língua portuguesa, proporcionando mais uma oportunidade para troca de conhecimentos e estreitando os laços entre estas marinhas.

O evento teve inicio as 9hrs da manhã, onde foi exibido um vídeo de boas vindas as delegações participantes, após este momento, foi dada a palavra ao Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, o qual na qualidade de anfitrião do evento, proferiu o discurso de abertura da conferência.

O Alte Esq Leal Ferreira em seu discurso frisou a importância da iniciativa portuguesa, tendo sido responsável por abrir o diálogo entre as marinhas da CPLP, onde em julho de 2008, organizou e sediou o  "I Simpósio das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa". Desde então, chegamos hoje no quinto encontro, onde desde o evento anterior, sediado em Maputo, capital de Moçambique, passou a adotar a designação de "Conferência" em lugar de simpósio, tamanha importância que tem assumido o evento, possibilitando o diálogo, integração e a cooperações bilateral e as relações multilaterais entre as nove marinhas que integram esta comunidade, consolidado-se como fórum exclusivo para discutir temas navais e marítimos, o único entre as forças armadas da CPLP. Dentre os objetivos declarados desta quinta conferência, destacou o Comandante brasileiro, estão as possibilidades de debater o apoio mútuo, o compartilhamento de informações, no que tange o monitoramento e controle do tráfego marítimo, buscando obter uma adequada consciência situacional marítima, tendo em vista o mundo atual, onde observamos disputas e conflitos, que influenciam e repercutem de diversas formas em todos os continentes, figuram entre os desafios aos quais partilham os países da CPLP, onde se registra o aumento de crimes transnacionais, como o narcotráfico, a pirataria e o terrorismo, dentre várias outras problemáticas, levantando a necessidade de uma resposta adequada da comunidade internacional, já não sendo mais possível á um país sozinho solucionar estes problemas. A Conferências das Marinhas da CPLP, vem a se tornar um elo fundamental para a criação de iniciativas conjuntas de resposta e a superação destes desafios.

Após declarar oficialmente a abertura da "V Conferência das Marinhas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)", os representantes da marinhas posaram para a foto oficial do evento e concederam uma entrevista exclusiva ao GBN News, onde tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre este importante fórum da CPLP e entender como se dá a integração e o papel da Marinha de Portugal e a Marinha do Brasil em especial, na cooperação entre as marinhas e guardas-costeiras integrantes dessa comunidade, ouvindo a opinião dos comandantes presentes e a importância dessa integração em seus respectivos países, em especial em suas forças navais.

Alte Esq Leal Ferreira e Alte Esq Mendes Calado
Abaixo você confere a transcrição da primeira parte das entrevistas que realizamos com os representantes da Marinhas e Guardas-Costeiras presentes, iniciando com os comandantes da Marinha do Brasil, Alte Esq Leal Ferreira, e da Marinha de Portugal, Alte Esq António Maria Mendes Calado:

GBN News:  Alte Esq Mendes Calado, de onde surgiu a iniciativa portuguesa, de promover o primeiro simpósio em Lisboa no ano de 2008, reunindo as marinhas dos países de língua portuguesa?

Comandante  da Marinha Portuguesa, Alte Esq Mendes Calado: "Bem a CPLP é uma comunidade de valores, para além da língua portuguesa, como forma única de estar no mundo, e as marinhas são neste processo instrumentos essenciais, que o mar nos permite de forma fantástica robustecer essa ideia do pilar da língua portuguesa. A Marinha Portuguesa encontrou em 2008 nessa ideia, juntarmos as marinhas e fazer da junção entre as marinhas um projeto de reforço da comunidade de língua portuguesa,  e por isso continuamos aqui, e com muita alegria a Marinha Portuguesa sempre presente, e agora dez anos depois vê que aquela iniciativa que tivemos em 2008, foi uma semente que deu um fruto, o qual espero que continue progredindo."

GBN News: Alte Leal Ferreira, qual a importância da conferência entre as marinhas hoje, do ponto de vista da Marinha do Brasil com relação a integração com as demais nações da língua portuguesa?

Comandante da Marinha do Brasil, Alte Esq Leal Ferreira: "O comércio e o tráfego marítimo internacional,  precisam ter estabilidade, é preciso que funcione de uma forma muito harmônica, e todas as peças desse comércio e desse tráfego tem que funcionar em harmonia, mas existem ameaças constantes a essa harmonia, pelas chamadas novas ameaças, como a pirataria, a guerra cibernética, o tráfico de drogas e pessoas. Só com um esforço concentrado de todas as marinhas e coordenado é que nós seremos capazes de fazer frente a essas ameaças. Então, acho que a oportunidade que nós temos de trabalhar juntos com as marinhas de língua portuguesa, é exatamente nos permitir essa maior ponderação as nossas ações individuais de cada marinha, onde acho que cada uma vai de alguma maneira ajudar no trabalho da outra, e isso a gente consegue a partir de eventos como este, onde nos reunimos e discutimos sobre diversos aspectos de nossas operações."

GBN News: Alte Mendes Calado, em relação as perspectivas de Portugal com relação ao avanço do diálogo entre as marinhas, qual a importância para Portugal hoje, dessa conferência que ocorre entre as marinhas de língua portuguesa?

Alte Esq Mendes Calado: "Como disse o Alte Leal Ferreira, o mar é um espaço de ameaças, mas também é um espaço que une toda comunidade de língua portuguesa, para nós o Atlântico é um mar importantíssimo, sendo fonte de energia para nossas economias, e é preciso garantir a segurança marítima desse espaço com esforço combinado de todos. A Marinha Portuguesa nesta conferência vai tentar lançar a ideia de que é importante capacitarmos uns aos outros, aprendendo com as boas práticas das diferentes marinhas, no sentido de cada uma destas marinhas seja capaz de por si só se fazer ser a garantia dos seu próprios espaços marítimos, não importando as marinhas maiores e mais robustas as essas responsabilidades, que já temos garantida, a de acompanhar a segurança internacional e dos países amigos, para além da segurança nacional, que é nossa responsabilidade direta. A Marinha Portuguesa esta desenvolvendo um esforço justamente nesse sentido, como por exemplo, o caso de São Tomé e Príncipe, onde estamos desenvolvendo um programa no sentido de dar à São Tomé e Príncipe, competências próprias de garantia do seu espaço marítimo. A ideia é projetarmos a partir do continente europeu, Ilhas dos Açores e da Madeira, à São Tomé e Príncipe, uma presença cada vez mais robusta portuguesa, dando a esse espaço marítimo do Atlântico e Golfo da Guiné, segurança suficiente para garantir que as fontes da economia de nossos países sejam garantidas."

GBN News: Alte Leal Ferreira, qual é o papel hoje da marinha brasileira, com relação aos programas de intercâmbios com as demais marinhas de língua portuguesa? O que vem sendo feito?

Alte Esq Leal Ferreira: "Nós temos um intenso programa de intercâmbio, nós mandamos navios para costa africana pelo menos  duas vezes ao ano, e esses navios fazem treinamentos e adestramentos conjuntos com as marinhas, nós temos uma missão naval na Namíbia, que não é uma nação de língua portuguesa, mas faz parte de nossa contribuição para aquela região, temos uma missão naval em Cabo Verde, temos uma missão naval em São Tomé e Príncipe, mais voltado para fuzileiros navais, pois Cabo Verde já é voltado para Guarda-Costeira, propriamente dito, e temos vários alunos dessas marinhas se preparando em nível de oficiais, marinheiros e sargentos, cursando no Brasil, como também mandamos adidos e instrutores para as escolas deles. Então, essa parceria esta permitindo que a gente gere uma maior aproximação, ao mesmo tempo que qualifique, como bem disse o Alte Mendes Calado, qualifique estas marinhas para que elas exerçam as responsabilidades na proteção da sua costa e suas águas jurisdicionais, que é tão importante para eles ter essas capacitação."


Após entrevistar os comandantes das duas maiores e mais expressivas marinhas da CPLP, as marinhas do Brasil e de Portugal, realizamos uma breve entrevista com os representantes das outras marinhas que compõe a comunidade naval no âmbito da CPLP, o que nos deu uma clara dimensão dos ganhos que tem sido proporcionados a esta comunidade como um todo, através do estreitamento de relações e a cooperação mútua advinda das iniciativas oriundas deste fórum, onde nos foi evidenciado a importância prática através dos programas que tem sido postos em prática com parcerias entre estas nações e suas marinhas, contribuindo para ganho mútuo de capacidades inerentes a segurança no mar e a manutenção de sua soberania e integridade territorial.

C.Alte Muatuca da Marinha de Guerra de Moçambique
O representante da Marinha de Guerra de Moçambique, C.Alte Eugênio Dias da Silva Muatuca, nos explicou sobre a importância da convergência proporcionada por esse fórum, confira a transcrição de nossa entrevista:

GBN News: C. Alte Muatuca, como Moçambique vê a importância dessa conferência entre as marinhas da comunidade dos países de língua portuguesa, no âmbito de sua marinha?  

Comandante da Marinha de Moçambique, C.Alte Muatuca: "Muito obrigado por essa oportunidade que nos dão, de poder interagir com esse canal do Brasil, e dizer que na verdade esse é o momento de enaltecimento dos valores que nos unem, portanto entre os dois países, a Marinha e o Brasil, é a continuidade na área de cooperação.

Esperamos que nessa quinta conferência  entre as marinhas da CPLP, venhamos a tirar resultados positivos, os quais vão nos conduzir a traçar estratégias que nos possibilitem criar possibilidades de desenvolvimento não só no campo militar, mas também no campo cultural, e isso aproxima os dois povos já há muitos anos. Portanto, são orientações que, de certa forma, terão que ser fortalecidas e encorajadas, para permitir que sejam criadas oportunidades para formação de pessoal, a criação e a partilha de informações na área marítima."

GBN News: Com relação a integração com a Marinha do Brasil, como se dá esse trabalho entre as duas marinhas, e qual o principal desafio enfrentado pela Marinha de Moçambique hoje?

C.Alte Muatuca: "A questão de integração entre as duas marinhas é um imperativo nacional para as duas marinhas, portanto, nós agimos nesse fórum no sentido de numa só voz, portanto, poder nos expressar e defender os nossos interesses, as nossas culturas e nossos projetos, para que as duas marinhas possam em prol da paz nos oceanos criar condições para o desenvolvimento de ambos os países.

Para Marinha de Guerra de Moçambique, ainda temos alguns desafios de natureza da formação de pessoal e aquisição de equipamentos, para que possamos contribuir naquilo que são os desafios também da Marinha do Brasil, no sentido de cooperarmos para fazermos face as grandes ameaças em nível global."


Alte Francisco José da Marinha de Angola
Representando a Marinha de Angola, entrevistamos o Alte Francisco José, que nos contou como tem sido na prática a cooperação entre sua marinha e as marinhas do Brasil e de Portugal, confira a transcrição desta entrevista:

GBN News: Alte Francisco José, como a Marinha de Angola recebe a iniciativa da conferência entre as marinhas da comunidade de países da língua portuguesa? Qual a importância desse evento para Angola?

Comandante da Marinha de Angola, Alte Francisco José: "Primeiro eu gostaria de agradecer a hospitalidade com a qual temos sido recebidos aqui no Brasil, queremos parabenizar a Marinha Brasileira  por este evento e desejar muita saúde aos marinheiros brasileiros, uma saudação especial dos marinheiros angolanos para os marinheiros brasileiros. 

A importância desta conferência, com certeza, só olhando para o mundo já sabemos como esta difícil, e só unidos, como dizia o Alte Leal Ferreira da marinha brasileira,  só unidos podemos vencer as etapas da vida que temos pela frente, com o desafio da pirataria, como das outras endemias que temos no mundo, e essa é uma forma de nos unirmos para o combate que temos que fazer em conjunto. Nós temos presente a necessidade dessa comparação, pelo fato da marinha brasileira e a marinha portuguesa serem marinhas seculares, e nós como uma marinha nova, precisamos de aprender, e para aprender temos que com certeza estar aqui, juntos nesta tarefa do fórum, para que possamos em conjunto levar a cabo esse combate, para levar a paz ao mundo."

GBN News: Alte Francisco José, como se dá a integração da Marinha de Angola, com a marinha portuguesa e a marinha brasileira, no âmbito da participação e integração entre estas marinhas?

Alte. Francisco José: "Nós fazemos essa integração, com a participação em alguns exercícios que se realizam essencialmente no Golfo da Guiné, com a participação de alguns marinheiros nossos nos navios da marinha portuguesa e da marinha brasileira, e também no nível de formação, temos tido muita formação de nossos quadros oferecida pela Marinha do Brasil e a marinha portuguesa."


CMG Idalécio João da Guarda-Costeira de São tomé e Príncipe
Uma das nações presentes a conferência que tem recebido um exponencial apoio, tanto da Marinha do Brasil, como da Marinha de Portugal, tem sido a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, e aproveitamos a ocasião para ouvir um pouco sobre essa experiência através do representante daquela instituição, o CMG Idalécio João.

GBN News: Como São Tomé e Príncipe encara a participação nessa conferência das marinhas da comunidade dos países da língua portuguesa? 

Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, CMG Idalécio João: "Eu encaro com grande otimismo, porque através desses simpósios, nós conseguimos obter apoio e formar aliados, como o Brasil, Portugal e Angola, que possuem desafios em comum. Nós vemos que somos uma ilha, onde lidamos com problemas como o crime de pirataria e o tráfico de drogas, onde nós somos uma Guarda-Costeira jovem, a qual com apoio do Brasil e de Portugal, conseguimos fazer um bom trabalho em nossa zona exclusiva no Golfo da Guiné."

GBN News: Com relação a integração que ocorre com a Marinha do Brasil, como São Tomé e Príncipe vê essa participação brasileira fornecendo apoio na formação e preparação naval de São Tomé e Príncipe?

CMG Idalécio João: "A Marinha do Brasil é nossa irmã, somos irmãos do Brasil, falamos a mesma língua, onde realmente a Marinha do Brasil tem nos dado muito apoio, com a preparação de nossos fuzileiros, assim como a organização de nossa Guarda-Costeira, o que para nós é de louvar."


Capitão-de-Navio Santana da Guarda-Costeira de Cabo Verde
Cabo Verde, outro país que conta com um forte apoio da Marinha do Brasil no desenvolvimento e preparação dos quadros de sua Guarda-Costeira e fuzileiros navais, um dos países membro da CPLP que tivemos a oportunidade de conversar com o Capitão de Navio Pedro Querido Teixeira Santana, representante da Guarda-Costeira de Cabo Verde, e realizamos uma breve entrevista, a qual transcrevemos abaixo:

GBN News: Como vem ocorrendo a integração entre a Marinha do Brasil e sua Guarda-Costeira? Quais os principais programas em andamento e como vem sendo recebido isso em Cabo Verde?

Guarda-Costeira de Cabo Verde, Capitão de Navio Santana: "Entre a Guarda-Costeira de Cabo Verde e a marinha brasileira, temos uma parceria muito boa, primeiro porque falamos a mesma língua, sendo um ponto em comum entre nossos povos, além da cultura que é bastante parecida. Temos tido parcerias muito prósperas, principalmente a nível de formação. 

A parceria no campo de formação é muito boa, principalmente na assistência para formação de oficiais e praças, só para dizer em  termos de números, temos hoje 23 alunos nas escolas da Marinha do Brasil sendo formados. 

Além da formação de oficiais e praças, temos uma grande parceria no campo de informação, partilhando informações com o CONTRAN, além da realização de exercícios navais conjuntos com a Marinha do Brasil."


GBN News: Com relação à conferência entre as marinhas da comunidade dos países de língua portuguesa, como Cabo Verde recebe esse evento, que já ocorre há alguns anos, e qual a importância para Cabo Verde?

Capitão de Navio Santana: "Para nós é extremamente importante, a CPLP tem uma integração marítima muito grande, e nós como ilhas, na verdade um arquipélago, vemos esse entrosamento na CPLP, os países da comunidade de língua portuguesa, uma forma de Cabo Verde se projetar também, com a Guarda-Costeira de Cabo Verde vendo nessa integração também, uma forma de obter apoio e ajuda para poder patrulhar suas águas e zona econômica exclusiva, que por sinal é muito extensa."

GBN News: Com relação a marinha portuguesa, quais são os programas que tem sido desenvolvidos em parceria com a marinha portuguesa?

Capitão de Navio Santana: "A marinha portuguesa também na mesma senda que a marinha brasileira, tem desenvolvido programas em termos de formação, pois, para nós da Guarda-Costeira a formação é extremamente importante, tanto para criar massa crítica, como para formar pessoas para ensinar sobre o mar em Cabo Verde. O componente técnico também é importantíssimo para mantermos nossos navios. Então, nós temos com o Brasil e com Portugal uma parceria muito grande no campo de formação e também no campo da informação, com a Marinha de Portugal também realizando exercícios conjuntos conosco."

C.Alte Francisco Javier da Marinha da Guiné Equatorial
Finalizando nossa rodada de entrevistas, estava presente o representante da Guiné Equatorial, país que participa pela primeira vez do fórum naval da CPLP, e entrevistamos o representante de sua Marinha, o C.Alte Francisco Javier.

GBN News: Como a Marinha da Guiné Equatorial encara importância do fórum naval da comunidade dos países de língua portuguesa ?

Marinha da Guiné Equatorial, C. Alte Francisco Javier: "Primeiro, gostaria de agradecer a oportunidade de participar em sua mídia, com relação a pergunta sobre a impressão que a Marinha da Guiné Equatorial tem em relação a esta conferência, nossa impressão é muito positiva. Como membro da CPLP, é preciso o intercambio de conhecimentos, onde aprendemos uns com os outros, ao  mesmo tempo que expandimos nossas culturas. Pois a finalidade de todos aqui é a paz e a segurança". 

Este fórum naval da CPLP, o qual chega a sua quinta edição, nos deixou clara a importância que o mesmo representa no âmbito da integração, apresentando ganhos reais. Segundo o que ouvimos dos chefes de marinhas presentes, o resultado desses encontros não fica só no campo das ideias, mas ganham forma através do apoio mútuo existente entre as nações, onde temos a Marinha do Brasil e a Marinha de Portugal como sendo os dois principais pilares desta comunidade, sendo dois países que possuem uma vasta história naval, detendo um valoroso conhecimento, o qual tem sido compartilhado com as nações da comunidade de língua portuguesa, um ativo de vital importância para a criação e desenvolvimento dessas forças navais, transmitindo a capacidade de formar e estabelecer a segurança em suas águas territoriais de forma mais abrangente e independente, o que dá a esses países a oportunidade de exercer sua soberania no mar, combatendo as ameaças transnacionais e auxiliando mutuamente na conquista pela paz e segurança internacional.


Angelo Nicolaci - Editor e jornalista do GBN News
Eu gostaria de deixar aqui nosso agradecimento a toda equipe do Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil e ao comando de nossa marinha, por ter aberto as portas para nos receber neste valoroso evento, possibilitando-nos trazer ao nosso público um pouco do que tem sido feito por nossa marinha e o Brasil como um todo, no sentido não só de contribuir para segurança internacional,  mais de nos integrar a outras nações, onde pudemos trazer a tona alguns programas de sucesso desenvolvidos pelo Brasil e que tem tido pouca ou nenhuma divulgação pela grande mídia. Quero também agradecer aos chefes da marinhas das nações presentes, por nos conceder um pouco de seu tempo e falar ao nosso público sobre a importância que esse fórum representa aos seus países.



Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança.


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2 comentários:

  1. A CPLP não tem tido o seu devido valor na mídia, algo triste, seus membros e associado tem muito a ganha nessa cooperação. Parabéns ao Angelo pela cobertura, e as marinhas da CPLP pelo trabalho.

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    1. Muito obrigado,

      O GBN News se esforça para dar visibilidade as questões que por muitos anos, senão décadas, tem sido tratadas com indiferença pela mídia, privando nossa sociedade de conhecer a real dimensão e importancia que temos no mundo, assim como o importante papel de nossas Forças Armadas no tabuleiro geopolítico mundial

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