sábado, 14 de maio de 2011

Sigilo, o maior companheiro de um agente



Quem descobriu onde estava Osama Bin Ladin? Foi a Inteligência? O que faz um serviço de inteligência e informação? Qual o perfil de um agente de Inteligência? Você sabe que aquele seu melhor amigo ou amiga, aquele ou aquela em quem mais confia e a quem faz confidências, pode ser um agente de informação? Que tal o seu marido ou a sua esposa, e você nem saber? O melhor companheiro de um oficial de Inteligência ou de um agente de informação é o sigilo. É um juramento que não pode ser quebrado no altar. Manter a vida normal é uma condição. Ir ao futebol, barzinho, cinema, não compromete a segurança institucional. Um bom agente é sempre discreto. Porém, o perfil de bom moço pode não ser o papel de bom moço.

Os serviços secretos são instituições de Estado e fundamentais no Estado Democrático de Direito. Um dos mais atuantes é o serviço secreto britânico, o célebre MI6 (Serviço Secreto de Informação), criado no começo do século 20 e que, por muito tempo, não teve existência oficial. Em 2005, lançou um site de recrutamento (www.sis.gov.uk ou www.mi6.gov.uk) para recrutar futuros espiões. Por conta da eficiência, em torno do MI6 criou-se a lenda do agente James Bond, o 007, e muitas teorias da conspiração. Conceitualmente, a missão do MI6 é proteger a Rainha (o Estado), a segurança nacional e a economia da Grã-Bretanha.

No Brasil, o embrião da atividade de Inteligência é o Conselho de Defesa Nacional (CDN), em 1927, no governo de Washington Luis, para coordenar as informações e a defesa da ordem financeira, econômica, bélica e moral da Pátria. Getúlio Vargas, em 1934, transforma o CDN em Conselho de Segurança Nacional, ampliando as aplicações das informações para tempos de guerra.

Em 1964, a ditadura militar cria, em 13 de junho, o Serviço Nacional de Informação (SNI), para coordenar em todo o território brasileiro as atividades de informação e contra-informação de interesse da segurança nacional. Durante o regime, o SNI exerceu um poder político de fato. Com a redemocratização de 1985, perde força mas não a atuação e “poder de coerção”. Ultrapassa o governo José Sarney e sua extinção só vem em 1970, com o presidente Fernando Collor. Em 1992, surge a Secretaria de Assuntos Estratégicos, que reorganiza a Inteligência nacional. Em 1995, o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) baixa a diretrizes iniciais da criação da Abin.

Fonte: Jornal do Commercio
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