sábado, 29 de janeiro de 2011

Obama pede a presidente do Egito que mantenha promessas e estuda suspender ajuda militar


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na sexta-feira que conversou com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e pediu que ele mantenha suas promessas de trabalhar por uma maior democratização e oportunidade econômica para o seu povo.

"O que é necessário agora são medidas concretas que promovam os direitos do povo egípcio, um diálogo profícuo entre o governo e seus cidadãos e um caminho de mudança política que leve a um futuro de maior liberdade e maior oportunidade e justiça", disse Obama a repórteres na Casa Branca.

O presidente norte-americano também pediu que o governo egípcio libere o acesso à Internet, aos celulares e às redes sociais, que têm um papel importante para "conectar as pessoas no século 21".

Ele reafirmou a parceria dos Estados Unidos com o Egito e deixou claro que deve haver reformas políticas, sociais e econômicas que satisfaçam as aspirações do povo egípcio.

Mubarak anunciou em discurso à nação que estava demitindo seus ministros, prometendo formar um novo governo no sábado. Ele também se disse comprometido com reformas política e econômica e determinado a garantir a estabilidade do país.

"Conversei com ele (Mubarak) depois de seu discurso e disse que ele tem a responsabilidade de dar significado àquelas palavras, tomar medidas e ações concretas que cumpram essas promessas", afirmou Obama.

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas do Egito para pedir o fim dos 30 anos de governo de Mubarak. Inspirados na recente rebelião da Tunísia, os egípcios protestam contra o desemprego, a pobreza, a corrupção e a repressão no país.

Obama pediu o fim da violência no Egito e destacou que aqueles que "protestam nas ruas têm responsabilidade de se expressarem pacificamente... violência e destruição não vão levar às reformas que o povo busca."


EUA estudam suspender ajuda militar ao Egito

Os Estados Unidos pretendem estudar nos próximos dias a possibilidade de suspender a ajuda militar de US$ 1,3 bilhão por ano para o Egito. Esta quantia é considerada fundamental para o regime egípcio e a decisão será tomada de acordo com a evolução dos acontecimentos no país, disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Segundo ele, o foco será apenas na ajuda militar e não haverá corte nos US$ 700 milhões em contribuição econômica.

Nesta semana, uma comitiva de militares egípcios está em Washington para diálogo estratégico agendado anteriormente com os seus pares norte-americanos. Ontem à noite, o presidente Barack Obama declarou na TV que telefonou a seu colega egípcio, Hosni Mubarak, e lhe disse que tinha a responsabilidade de dar passos concretos para cumprir as promessas de avanços democráticos e de oferecer mais oportunidades econômicas.

Obama também pediu às autoridades egípcias que se contenham de usar violência contra os manifestantes, destacando que o povo do Egito tem direitos que são universais, como o de se reunir de forma pacífica, o da livre expressão e a possibilidade de determinar seu próprio destino.

Tanto a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, quanto o porta-voz da Casa Branca já haviam pedido ao governo egípcio que não usasse a força contra os protestos. Ao mesmo tempo, afirmaram que os manifestantes também não deviam usar a violência. Eles disseram ainda que o serviço de internet e os sites deviam ser liberados.


Fonte: Reuters / Estadão
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