quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Irã e Iraque pretendem intensificar colaboração militar



Irã e Iraque pretendem intensificar a colaboração militar bilateral, relataram o comandante do Corpo de Guardiães da Revolução Iraniana, general Mohammad Ali Jafari, e o chefe do Estado-Maior Conjunto iraquiano, general Babaker Zebari, segundo divulgou nesta terça-feira a agência Irna.

Em reunião realizada na noite de segunda-feira na capital iraniana, Jafari propôs "harmonia e colaboração" entre os dois países no campo militar e também na luta contra grupos que ambos consideram terroristas: os esquerdistas Mujahedin Khalq (MKO) e os curdos do Partido por uma Vida Livre do Curdistão (PJAK).

Esses dois grupos atuam na fronteira e o alto comando militar iraquiano ressaltou que, antes do final do ano, as autoridades de Bagdá expulsarão os seguidores do MKO, qualificados como "inimigos dos dois países", do acampamento de Ashraf, próximo da divisa com o Irã.

Zebari disse que o Iraque decidiu "ampliar a cooperação militar com o Irã" e estreitar os laços bilaterais em outros campos.

Nos últimos meses, comandantes dos Guardiães da Revolução Iraniana informaram sobre diferentes ações contra o PJAK nos dois lados da fronteira com o Iraque, onde afirmou ter matado inúmeros membros desse grupo armado curdo.

A milícia do PJAK é uma cisão do principal movimento independentista curdo, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), implantado sobretudo na Turquia.

Jafari repetiu que "Estados Unidos e Israel são os verdadeiros inimigos do Irã e do Iraque" e que por isso a colaboração entre as duas nações vai continuar.

Os EUA anunciaram que irão retirar todas suas tropas do Iraque no final deste ano, visto que não conseguiram com que Bagdá aprovasse a imunidade jurídica para um grupo de militares que planejava deixar como assessores e instrutores das Forças Armadas iraquianas.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu o Irã para não interpretar sua retirada do Iraque como uma forma de aumentar sua influência na região, e que os militares americanos irão continuar em outros países da região, onde também têm aliados da Otan, como a Turquia.

A República Islâmica do Irã é governada por um regime teocrático muçulmano xiita, religião à qual pertencem 90% do país, e tem uma grande influência no Iraque.

Fonte: EFE
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