sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Amorim diz que não há previsão para compra de caças da FAB



Ainda não há previsão para a compra de caças para a renovação da frota da FAB (Força Aérea Brasileira), informou o ministro Celso Amorim (Defesa), durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, na Câmara, nesta quarta-feira, em Brasília.

"Os jatos continuam no radar. Há plena consciência de que são necessários, mas temos que aprofundar a discussão na questão dos custos e da transferência de tecnologia", disse Amorim.

Os caças que disputam a licitação brasileira são: o francês Rafale; o americano F-18 Super Hornet, da Boeing; e o sueco Gripen, da Saab.

No encontro com os parlamentares, o ministro também falou da participação do Brasil em missões de paz da ONU (Organização das Nações Unidas), especialmente no Haiti. Segundo ele, deve-se encontrar um "meio-termo" para a retirada das tropas do país.

"Na situação atual, não faz sentido manter a mesma presença com o mesmo número de tropas no Haiti. Por isso falamos em redução gradual. Temos que deixar claro para os haitianos que não vamos nos eternizar, mas que também faremos isso de forma responsável", declarou.

Outro tema abordado pelo ministro na audiência foi a reforma dos manuais de contra-inteligência do Exército --que estabelece a conduta dos militares em operações do tipo.

Em recente publicação da revista "Carta Capital", tais manuais são citados como instrumento de investigação da população e de desrespeito à Constituição e às instituições civis, que remeteriam à Guerra Fria e ao período da ditadura militar.

Para Amorim, as operações de contra-inteligência são conduzidas de acordo com a lei. Por outro lado, o ministro admitiu que deve haver uma adequação do vocabulário dos manuais à atualidade, pois ainda são usados termos que "evocam memórias dolorosas, em alguns casos, e desconfiança, em outros".

"Deve haver uma adequação dos manuais à evolução democrática brasileira. Ninguém pode ter dúvidas da necessidade da contra-inteligência e não se deve deslegitimar o conceito", afirmou o ministro.
Fonte: Folha
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