terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Indústria de defesa russa vê com otimismo relações com Brasil

 
 
Diante do anuncio do interesse do Exército Brasileiro em obter o sistema de defesa antiaérea Pantsir S1 e mais unidades do sistema Igla, a indústria russa sinaliza com otimismo as relações comerciais com o Brasil, onde aos poucos vem rompendo as barreiras remanescentes da desconfiança em relação á qualidade e eficiência de seus produtos advinda da "Guerra Fria".
 
O Brasil hoje tem expandido seu mercado e aberto novas oportunidades ás indústrias de outras nacionalidades para fornecer sistemas e tecnologias ao país, isso vem sendo muito forte principalmente no setor de defesa, que passa por um aquecimento devido a necessidade de modernização das forças armadas brasileiras e o GAP tecnológico que se instalou na indústria local de defesa após décadas de abandono e falta de investimentos necessários para que desenvolvesse novas tecnologias. Com isso nos últimos anos assistimos uma postura diferente em relação as compras brasileiras, que antes focavam compras de oportunidade e menor custo de aquisição, quase que plenamente dependente de tecnologia e equipamentos norte americanos de segunda mãe, hoje deu lugar á uma postura mais visionária e busca estabelecer parcerias e aquisição de tecnologias e capacitação técnica nacional envolvendo a compra dos equipamentos.
 
A Rússia nos últimos anos conseguiu inserir alguns de seus produtos de defesa no mercado brasileiro, dentre eles esta o robusto e muito funcional helicóptero Mil Mi-35, nomeado AH-2 Sabre no Brasil, onde o contrato envolveu a compra de um lote inicial de 12 aeronaves, onde após uma avaliação em operação pode vir a receber um número maior de encomendas. Nós do GeoPolítica Brasil tivemos a oportunidade de ter contato com os militares envolvidos na operação desta aeronave, tendo deles uma ótima avaliação desta aeronave e do suporte prestado pelos técnicos envolvidos no programa, que apesar de alguns imprevistos e obstáculos envolvendo a comunicação, foram superados pela capacidade técnica e profissionalismo de ambas as partes. O Brasil também vem operando o sistema Igla em sua Força de Fuzileiros Navais há alguns anos, tendo sido bem recebido e colhendo elogios por parte daquela força. Outro importante ponto é a preparação para montagem no Brasil de aeronaves Mi-171 e parque de manutenção para os Mi-35.
 
A nova postura brasileira, demonstra claramente um país mais maduro com relação as suas necessidades de defesa, embora ainda não supra plenamente as necessidades do país, é um primeiro passo nesse sentido, possuindo ainda outros importantes programas em andamento, como a produção de novos submarinos e helicopteros em parceria com a França, o desenvolvimento de uma nova família de veículos blindados de transporte de tropas com a italiana Iveco e o desenvolvimento de uma nova aeronave cargueira em cima de especificações ditadas pela Força Aérea Brasileira para sua concepção pela Embraer.
 
A Rússia também se mostra bastante otimista diante dos atrasos na finalização do programa FX-2 que visa a aquisição de um novo caça para Força Aérea Brasileira, onde teve seu caça SU-35 eliminado da disputa devido á algumas questões envolvendo a transferência de tecnologia por parte de Moscou. Devido a estes pontos e ao amadurecmento nas relações entre os dois estados, espera-se que haja uma oportunidade, ainda que remota de retornar a disputa pelo contrato bilionário, uma vez que o mesmo hoje encontra-se paralisado e com uma lista de finalista definida que se restringe ao Francês Dassault Rafale, o americano Boeing F-18 Super Hornet e o suéco SAAB Gripen NG.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil

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