segunda-feira, 24 de maio de 2010

Israel prende espião nuclear pela segunda vez


O ex-técnico em energia atômica Mordehai Vanunu, que passou 18 anos na prisão por revelar detalhes do programa nuclear de Israel, voltou a ser detido neste domingo para cumprir mais três meses de prisão.

Vanunu foi condenado em dezembro passado a outros três meses de prisão ou três meses de trabalho comunitário por ter violado uma ordem que o proibia de manter qualquer contato com estrangeiros.

Acusado de ser espião nuclear, israelense Mordechai Vanunu foi preso novamente por contatar estrangeiros e jornalistas "Vergonha de vocês, Israel, que voltam a me enviar para a prisão após 24 anos, apenas pelo motivo de que contei a verdade", disse Vanunu, em um comunicado citado pelo site do jornal "Yediot Aharonot".

"O que vocês não puderam obter ao me deixarem por 18 anos na prisão não conseguirão me prendendo por três meses", afirmou.

Vanunu, 55, foi condenado pela primeira vez por espionagem, após divulgar segredos nucleares de Israel ao jornal inglês "The Sunday Times", que os publicou.

Ex-técnico da Central Nuclear de Dimona (sul de Israel), foi libertado em abril de 2004 e, desde então, foi acusado pelo menos em 21 ocasiões pela justiça por violar as restrições de sua liberdade.

Ele é proibido de sair do território nacional ou entrar em contato com estrangeiros, especialmente jornalistas, sem autorização.

Israel o prendeu em dezembro passado por entrar em contato com vários estrangeiros, incluindo jornalistas, e uma norueguesa que Vanunu diz ser sua namorada.

Libertado, Vanunu pediu para trabalhar no lado árabe de Jerusalém Oriental, cidade anexada por Israel em 1967. O governo israelense, contudo, proibiu seu contato com estrangeiros.

Convertido ao cristianismo, Vanunu, que já não se considera israelense, pediu em vão asilo a vários países ocidentais. Ela se queixa de estar submetido a uma vigilância constante.

Israel mantém uma política de ambiguidade deliberada. Oficialmente, Israel declarou que não será o primeiro a introduzir armas nucleares no Oriente Médio. O país, contudo, não assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Com base nas estimativas da capacidade de produção de plutônio do reator de Dimona, analistas estimam que Israel teria entre 100 e 200 ogivas nucleares.

Fonte: Folha
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