segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

França e Austrália assinam contrato de século para 12 submarinos de última geração

França e Austrália estão dispostos a assinar um acordo multibilionário para a construção de 12 submarinos nucleares de ponta. O negócio já foi marcado como o "contrato de defesa do século" por Paris.
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, chegou à Austrália no domingo (18). Juntamente com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, ele anunciou que está pronto para assinar um contrato na cidade australiana de Adelaide na terça-feira, informou a AFP.
Sob o contrato, o construtor naval francês DNCS criará uma filial em Adelaide para construir versões reduzidas dos submarinos furtivos Barracuda de 4.700 toneladas que operam na França, sendo submarinos de ataque com propulsão nuclear que estão entre os melhores do mundo até agora.

Os 12 novos submarinos, chamado Shortfin Barracuda, terão 4.500ton com propulsão diesel-elétrica com um sistema de propulsão de jato que irá oferecer capacidades mais silenciosas do que os Barracudas originais.

O custo total da frota de submarinos, que inclui acordos separados com empreiteiros dos EUA e da Austrália, esta estimado em 37 bilhões de dólares.

No entanto, os ministros da Defesa australianos e franceses disseram que estavam comprometidos em esconder os detalhes exatos do contrato atual após dados sobre o contrato anterior da DNCS para construção de submarinos Scorpene projetados para a Marinha Indiana terem vazado.
A Australia negou preocupações de segurança, enquanto Le Drian disse que os vazamentos estavam sendo investigados na França.

Ele acrescentou que a França e a Austrália assinaram um acordo sobre o tratamento de informações classificadas. A concessão para construir uma dezena de submarinos tem sido descrita por Paris como o "contrato do século", de acordo com a mídia francesa. A Austrália concedeu a DCNS o contrato em abril deste ano.

Inicialmente, três grupos disputaram o contrato, a alemã ThyssenKrupp Marine Systems, a francesa DCNS e a japonesa Mitsubishi Heavy Industries , que apresentaram propostas para garantir o que é conhecido como o maior contrato da história naval australiana. A Austrália escolheu a França, no entanto, com Malcolm Turnbull declarando que a oferta francesa "apresentou as melhores capacidades para atender as necessidades únicas" de seu país.

A ministra australiana de Defesa, Marise Payne, chamou o contrato de "o maior programa de aquisições de defesa da história da Austrália", pois os novos 12 submarinos substituirão e dobrarão o tamanho da Royal Australian Navy.

Sua frota submarina encontra-se ultrapassada e consiste atualmente em submarinos Collins, diesel-elétricos, que sofreram incidentes e problemas técnicos desde a fase de projeto.

Payne disse que o contrato que será assinado na terça-feira (20) vai colocar A França como o principal  parceiro no futuro programa de submarinos ao longo das próximas décadas."

O ministro australiano também afirmou que serão oferecidos 2.800 novos postos de trabalho para construir a nova frota de submarinos, enquanto as autoridades francesas esperam que entre 3.000 a 4.000 empregos diretos e indiretos venham do acordo á França.

A DCNS é uma das gigantes de defesa francesa, onde 62% dos quais é propriedade do governo francês. Embora tenha sido escolhido para construir os submarinos, os sistemas de combate para eles serão fornecidos pela empresa Lockheed Martin dos EUA. O primeiro submarino deverá estar pronto por volta de 2030.

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com agências
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