quinta-feira, 21 de julho de 2011

EAU é o mais provável cliente para o Rafale




Os Emirados Árabes Unidos é a maior aposta da França no curto prazo para conquistar um acordo de exportação para o caça da Dassault Aviation, o Rafale , segundo o francês Gerard Longuet, ministro da Defesa, nesta quarta-feira.

A companhia francesa ainda não encontrou um cliente estrangeiro para o Rafale, anunciado como um dos mais eficazes e também um dos caças mais caros do mundo.

A Dassault chegou perto de conseguir um acordo de vários bilhões de dólares com o Brasil, mas o governo brasileiro adiou sua decisão até 2012, a Presidente Dilma Rousseff parece estar favorável a rival Boeing que oferece o caça F-18 E/F.

A Índia tem como finalistas o Rafale junto com o Eurofighter disputando um contrato para 126 caças, as negociações estão em curso, embora Longuet pareça sugerir que pode ter atingido um obstáculo.

"Alguns países têm problemas de orçamento, como no caso do Brasil. Eles também podem ter problemas políticos, como no caso da Índia. Isso deixa os Emirados, as conversas estão avançadas", disse Longuet a repórteres em Paris.

O ministro disse que os Emirados Árabes Unidos já não estão exigindo um motor mais potente, anteriormente uma condição para um acordo, e disse que os ataques aéreos efetuados pelo Rafale na Líbia tinham ajudado a influenciar o governo dos Emirados.

"As capacidades operacionais e omnirole do Rafale estão sendo comprovadas diariamente com estas ações", disse ele.

"O conflito da Líbia é uma demonstração clara de que a potência do motor atual é suficiente."

Os EAU tem mantido conversações com a Dassault desde 2008 sobre a compra de 60 jatos Rafale, negócio estimado em 10 bilhões de dólares, para substituir sua frota de Mirage 2000 que comprou em 1983.

A negociação com o Brasil vem acontecendo há anos, a Dassault chegou perto de um acordo com o ex-presidente Lula. Mas foi posta em dúvida por sua sucessora Presidente Dilma Rousseff, que exige uma revisão das propostas de todos os finalistas quando ela assumiu o cargo no início de 2011.

Na semana passada, o ministro da Defesa Nelson Jobim disse que o governo não irá reavaliar as propostas até o início de 2012, uma vez que precisava se concentrar em sua agenda doméstica.

"O Rafale não foi descartado, mas esta decisão não é a prioridade principal da Presidente Dilma Rousseff no momento", disse Longuet a repórteres em Paris.

Em relação à negociação com o governo indiano, Longuet disse estar confiante de que o governo preferiu o Rafale e que a decisão final seria mais técnica do que política.

"As coisas parecem ter uma boa aparência", disse ele, acrescentando que no caso da Índia, também a Líbia teve um efeito positivo.


Fonte: Reuters
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
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