terça-feira, 16 de outubro de 2018

Após ter toda frota retida no solo, F-35 volta aos céus

Após ter toda frota retirada de voo por conta de um problema com tubo de combustível na semana passada, mais de 80% dos caça F-35 retomaram os voos.

Segundo um comunicado emitido na última segunda-feira (15), foi confirmada a conclusão das inspeções nos tubos de combustível do inventário das aeronaves F-35. As aeronaves que não apresentaram problemas com os tubos de combustível que compõe o motor F135 da Pratt & Whitney, puderam retomar as rotinas de voo.

O "recall" para substituir o lote de tubos defeituosos que foram instalados em um considerável lote de aeronaves F-35, tem demandado uma complexa logística que visa corrigir o problema detectado nestes componentes, a princípio os esforços tem demandado o uso do atual estoque de sobressalentes com o qual conta os centros de manutenção, dada a prioridade em se substituir os tubos de combustível afim de reduzir o impacto na disponibilidade das aeronaves. A Pratt & Whitney está adquirindo um grande lote desses componentes afim de minimizar o impacto causado pelo reparo destas aeronaves. O atual estoque só possibilita substituir os componentes defeituosos da metade das aeronaves onde foram identificados problemas no sistema de combustível, impactando as operações de voo. Segundo o cronograma, as aeronaves restantes deverão ser liberadas para retomar os voos nas próximas semanas.

Na semana passada, a restrição de voo para toda frota de caças F-35 causou espanto e levou a muitas especulações e mais uma série de críticas ao programa. A medida foi adotada para permitir que fosse realizada uma inspeção nos tubos de combustível. A decisão partiu do resultado das investigações sobre a causa do acidente envolvendo um F-35B dos USMC em 28 de setembro, a primeira perda em voo de um F-35 operacional.

Uma nova polêmica começa a tomar formar, onde se discute se os custos desse novo recall será pago pelo Pentágono ou pela fabricante dos motores, a Pratt & Whitney.

Apesar de não ter sido revelado o número exato de aeronaves impactadas pelo recall, especula-se que o número deva ser próximo à 60 aeronaves, tendo sido o caso classificado como um "incidente isolado" pelos responsáveis pelo programa. A frota atual de F-35 já chega à 300 aeronaves operacionais, com esse número ganhando mais 91 aeronaves até o fim do ano.

O programa JSF F-35 vem colecionando uma série de atrasos e problemas envolvendo defeitos em componentes e erros de projeto, sendo o último esse caso com os tubos de combustível dos motores F135 da Pratt & Whitney. Em março deste ano o Pentágono havia suspendido as entregas do F-35 devido alguns impasses quanto a responsabilidade pelos custos gerados pelo recall realizado na proteção contra corrosão de um grande número de aeronaves F-35 entregues sem que fosse aplicado o primer para prevenção de corrosão em certos furos de fixaçãoAs entregas foram normalizadas em maio após chegarem à um acordo sobre as despesas do recall.

Há pouco mais de dois anos, vários F-35A foram retirados de voo após a descoberta de um defeito isolamento das linhas de refrigeração dos tanques de combustível, fora alguns problemas de software e integração de sistemas que tem dado muita dor de cabeça ao longo do desenvolvimento desta que é a mais cara aeronave da história.


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com agências
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