quarta-feira, 20 de março de 2013

Países da Otan analisam ação militar na Síria

 
 
Alguns países da Otan analisam uma possível intervenção militar na Síria, que poderia seguir a mesma sequência que na Líbia, inclusive através de uma resolução das Nações Unidas, disse nesta terça-feira, em Washington, o comandante supremo das forças da Aliança Atlântica, almirante James Stavridis.
 
Ao ser entrevistado pelo presidente do Comitê das Forças Armadas, em Washington, o almirante americano respondeu "sim" à pergunta sobre se alguns países consideram a possibilidade de eliminar as defesas aéreas do regime sírio.
 
Segundo Stavridis, "a Aliança decidiu que seguirá a mesma sequência que na Líbia" em 2011, quando a Otan agiu com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU e com o apoio de países da região.
 
"Estamos dispostos, se formos solicitados, a nos envolver como fizemos com a Líbia", disse Stavridis.
 
O atual papel da Otan no conflito sírio está limitado à instalação de baterias de mísseis Patriot ao longo da fronteira com a Turquia para evitar incursões aéreas e ataques de mísseis do território sírio.
 
"A situação na Síria vai de mal a pior: 70 mil mortos, um milhão de refugiados expulsos do país, provavelmente 2,5 milhões de deslocados dentro do território sírio e uma previsão de fim brutal para a guerra civil", destacou o chefe da força da Otan.
 
Fonte: AFP
 
Nota do GBN: A Síria enfrenta uma guerra civil dura e sangrenta, onde os rebeldes se mantém na luta graças á ajuda externa, principalmente de governos europeus que tem grande interesse na derrubada do governo Sírio como ocorrido na Líbia.
 
Uma ação militar da OTAN sobre a Síria, será mais um crime desta organização, ferindo a carta das nações, um ataque ocidental visando derrubar o governo de Assad trata-se de uma intervenção desnecessária, é preciso sim que haja uma missão de paz visando um cessar fogo de ambas as partes e que leve dos campos de batalha para a mesa de negociações, apesar de sabermos que tal medida não surtirá resultados efetivos, mas que já será um princípio que respeita a soberania do estado sírio.
 
Trata-se de uma questão muito delicada, onde uma intervenção estrangeira pode não ter o resultado que se espera com a derrubada do governo Assad, como exemplo de resultados negativos podemos citar o caso do Iraque e Líbia, onde a derrubada do governo constituido não gerou coesão política e paz. É preciso intervir sufocando ambos os lados do conflito, levando ao esgotamento de meios militares pela falta de suprimentos para ambos os lados do conflito, pois armar rebeldes trará mais problemas que soluções, ao invés de garantir a esperada estabilidade política, pode criar um vácuo no poder gerando uma disputa interna que propícia ao prolongamento de atitudes violentas na disputa pelo poder e governança no país. 
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