terça-feira, 28 de setembro de 2010

Israel sofre críticas de países islâmicos em comissão da ONU


Países islâmicos e seus aliados criticaram duramente Israel nesta segunda-feira no Conselho de Direitos Humanos da ONU, após a divulgação de dois relatórios com críticas à atuação do Estado judeu.

Os 47 países do Conselho são escolhidos por critérios de representação geográfica, o que faz com que os Estados islâmicos e seus aliados formem maioria. Israel, que não faz parte do órgão, acusou-o de ser "obsessivamente tendencioso" contra si, ao mesmo tempo em que ignora flagrantes violações aos direitos humanos em países como Irã, Coreia do Norte, Zimbábue e República Democrática do Congo.

A Turquia, que nos últimos meses passou de aliada a crítica de Israel, disse ao Conselho que o Estado judeu "tem de pôr um fim à sua cultura de violência". A Líbia, recentemente eleita para o órgão, sugeriu que os líderes israelenses sejam levados a julgamento por crimes de guerra.

Opiniões semelhantes foram manifestadas por outros países integrantes da Organização da Conferência Islâmica -- Paquistão, Irã, Síria, Egito, Argélia e países do Golfo - e também pela Nigéria.

A Autoridade Palestina disse que "o sangue das vítimas" está manchando Israel.

O Conselho sugeriu uma resolução -- com aprovação quase assegurada -- pedindo que a ONU continue vigiando a investigação israelense sobre o conflito na Faixa de Gaza.

Os dois relatórios apresentados à entidade contêm informações sobre como Israel e os palestinos reagiram a um apelo anterior da ONU para que investigassem abusos na guerra de 2008-09 na Faixa de Gaza, e com relação à ação militar israelense contra ativistas que tentavam chegar de barco a Gaza, em maio deste ano.

Ambos os relatórios foram produzidos por trios de juristas independentes nomeados pelo Conselho. Israel recusou-se a cooperar ou permitir que os participantes visitassem o país, alegando que a avaliação seria distorcida por preconceitos.

Um dos relatórios, sobre a invasão israelense a Gaza em 2008, diz que as investigações de Israel sobre o comportamento das suas tropas não foram transparentes nem convincentes.

O outro texto, sobre o incidente em águas internacionais, rejeitou as alegações israelenses de que os ativistas estavam armados ou ameaçaram a vida dos soldados que abordaram as embarcações. Nove ativistas morreram no incidente, e o relatório diz que alguns deles parecem ter sido vítimas de execuções sumárias.

Israel já rejeitou tais acusações anteriormente, e seu embaixador Aharon Leshno Yaar disse na segunda-feira que os mandatos para as investigações "pré-determinaram a responsabilidade de Israel" e demonstraram o preconceito do Conselho contra o país.

Fonte: Reuters
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