quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Líbia fora de controle



Após a derrubada e assassinato do líder Muammar Al Kadafi, o estado Líbio mergulha em uma crise de segurança interna. As milícias que tem dominado a Líbia desde a queda do Líder Kadafi, estã fora de controle, há relatos de execuções sumárias, torturas e outros crimes contra os direitos humanos.

Mais uma vez temos como resultado de uma intervenção internacional irresponsável a retirada de uma liderança que mantinha de certa forma a lei e ordem dentro de uma nação para substituir pela anarquia e desordem. Exemplos como o Iraque que ainda enfrenta dificuldades em oferecer segurança ásua população.

Conforme cita o relatória da Anistia Internacional, as milícias estão fora de controle, propagando insegurança e dificultando a implantação de instituições do Estado. 

Os imigrantes e os refugiados africanos também foram alvo dos abusos, enquanto as autoridades não fizeram esforços para investigar e processar os responsáveis, acrescenta.

'Há um ano, os líbios arriscaram a vida para exigir justiça. Hoje, suas esperanças se veem prejudicadas por milícias armadas ilegais que pisoteiam os direitos humanos com impunidade', assinala o relatório divulgado hoje.

O governo atual exibe paralísia em relação á investigação e punição das transgressões dos direitos humanos no país, além de demonstrar falta de controle sobre as milícias atuantes no país.

Como já haviamos alertado durante a operação que culminou na derrubada e morte de Kadafi, a Líbia tem mergulhado em um mundo de incertezas e caos, uma vez que o país enfrenta um grave problema de coesão nacional devido ao perfil tribal que rege aquele povo.


Angelo D. Nicolaci

Fonte: GeoPolítica Brasil
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4 comentários:

  1. Prezado Angelo, isso não interessa para as potências ocidentais, porque o que eles queriam na Líbia já conseguiram. a saber: fornecimento regular de petroleo e uma política de govervo fantoche que seja alinhada com os interesses americanos no mundo arabe. E você acha que eles não sabiam que ia ocorrer um vácuo de poder após a queda do Kadafi? eles sabiam... estavam cansados de saber... O que coloca em evidência os reais motivos da intervenção da otan, que nunca foram humanitários. alias, se estivessem mesmo preocupados com direitos humanos já tinham interferido em várias pequenas ditaduras "pobres" da África e da Ásia, o que não ocorre justamente porque ditaduras pobres não representam nada para a política e a economia das potências ocidentais. E voltando para a Líbia, pode ter certeza que as refinarias de petroleo estão bem protegidas, provavelmente por forças regulares do novo governo "democrático".

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    1. João Henrique, justamente isso que desde o inicio da intervenção na Líbia nós já sabiamos bem qual o real interesse, principalmente pela maneira clara com a qual a OTAN agiu e conduziu suas operações, resultando mais uma vez na morte do líder de um povo, pois grande parte do povo líbio apoiava Kadafi, e não era por opressão,mas pelo que ele oferecia ao seu povo. Outro claro caso foi a morte de Sadam, serviu para primeiramente atender as necessidades de tomar posse das reservas petrolíferas do Iraque, segundo, assassinar Sadam, pois Bush pai não conseguiu depor o lider iraquiano, terceiro, Sadam vivo representaria uma possibilidade de manter a força do partido Baath.

      Infelizmente a politica internacional praticada hoje visa unica e exclusivamente defender interesses comerciais, financeiros, político e principalmente por reservas de meios nenhuma ajuda humanitária ou operação de libertação ocorre sem que haja algum tipo de interesse dentro deste âmbito

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  2. É verdade Angelo, pessoalmente acredito que a economia é o primeiro front de todas as guerras, em uma constante competição entre blocos economicos, por geração de empregos em seus territórios, aquisição de recursos naturais baratos e expansão de seus mercados consumidores. Onde nações bem sucedidas conseguem promover um padrão de vida melhor para seus cidadãos (paz social) e mais riquezas para suas elites, enquanto as mais pobres sofrem com as conseguencias da pobreza. E, nessa dinamica de confrontação, quando os primeiros acordos não dão resultado para os interesses dos grandes blocos eles inciam uma campanha para convencer a opnião pública de seus paises e mais tarde apelam para os canhões. Remédio pra isso? apenas dissuasão (armamentos e títulos da dívida americana). Aproveito para agradecer e te parabenizar pelo bom trabalho que você realiza aqui no seu blog. Sou seu leitor já faz um tempo e aprendi muita coisa boa aqui! Um abraço e tudo de bom!

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    1. Obrigado João Henrique, é muito bom contar com o apoio e a participação de nossos leitores.

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