quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

EUA elogiam 'liderança internacional' do Brasil


A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, enfatizou a crescente "liderança internacional" do Brasil, depois de uma reunião em Washington com o chanceler Antonio Patriota, para preparar a futura viagem do presidente Barack Obama ao país.

"Admiramos muito a crescente liderança mundial do Brasil", disse Hillary a jornalistas, depois de receber Patriota no Departamento de Estado.

"Acreditamos que há muitas áreas nas quais o Brasil demonstrará sua liderança e queremos dar nosso apoio a esses esforços", completou.

Obama iniciará sua primeira viagem à America do Sul e Central em 19 de março em Brasília, onde se reunirá com a presidente Dilma Rousseff, e um dia depois visitará o Rio de Janeiro, antes de seguir viagem para Chile e El Salvador.

Hillary falou das iniciativas para o desenvolvimento do Brasil, que detém atualmente a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, mas a chefe da diplomacia americana não deu seu apoio às aspirações brasileiras de obter um assento fixo nesse organismo.

"Esperamos ter um diálogo construtivo com o Brasil sobre esse tema durante a viagem de Obama e no futuro", limitou-se a dizer Hillary.

"Queremos ver os Estados Unidos fazerem parte de uma profunda reforma do Conselho de Segurança", disse Patriota.

Washington quer que a viagem de Obama sirva para "explorar vias adicionais" para impulsionar a "robusta relação" bilateral, com uma agenda que inclui desde temas globais como direitos humanos e segurança alimentar, até energia, comércio, luta contra a pobreza e igualdade de gênero.

"O Brasil dá muito ao desenvolvimento do mundo. Muitas vezes cito o país como exemplo", disse Hillary.

Hillary e Patriota abordaram o tema das manifestações a favor da democracia no mundo árabe, assim como o programa nuclear iraniano, que no passado causou divergências entre ambos os países.

As manifestações nos países árabes "podem apenas provocar solidariedade por parte dos brasileiros", disse Patriota, que, no entanto, reiterou a preocupação de seu país com o "uso da força contra manifestantes desarmados" na Líbia.

Hillary minimizou qualquer divergência com o Brasil em relação ao Irã: "todos estamos buscando formas de influenciar o comportamento do regime iraniano".

Brasília busca "reduzir a desconfiança entre Irã e outros países", disse Patriota, que afirmou que Washington "entende" a posição de seu país.

Fonte: AFP

Nota do Blog: O jogo de interesses econômicos é muito interessante, tal postura demonstra mais uma estratégia do governo americano para inflar o ego brasileiro e conseguir fechar não só a venda dos caças F-18 Super Hornet, mas também alinhar outros acordos comerciais pendentes de extremo interesse americano, especialmente no setor de energia.


Angelo D. Nicolaci - Editor GeoPolítica Brasil
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