O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil definiu o GM Defense ISV 4×4 como a plataforma terrestre do Sistema de Mísseis Anticarro Expedicionário (SMACE), consolidando um marco na modernização das capacidades expedicionárias da Força. A decisão foi anunciada durante o Dubai Airshow, após avaliações que confirmaram a aderência da viatura aos requisitos operacionais do programa.
O CFN receberá inicialmente dois veículos GM Defense ISV 4×4, que terão integrados o SMACE com o míssil guiado de precisão MAX 1.2AC, desenvolvido no pela brasileira SIATT, e o drone QX-2, fabricado pela EDGE Group dos Emirados Árabes Unidos. Ambos os sistemas serão integrados pela SIATT, em um projeto que une sensores, poder de fogo, comunicações e consciência situacional em uma arquitetura expedicionária totalmente conectada e inovadora.
O ISV 4×4, já validado em operações militares, foi projetado para mobilidade extrema. Com peso aproximado de 2,2 toneladas, tração nas quatro rodas e proteção balística leve, ele utiliza o motor 2.8L Duramax produzido em São Paulo. O conceito do veículo segue a filosofia adotada pelas forças dos Estados Unidos na substituição dos HMMWV para funções leves, priorizando simplicidade operacional, agilidade e facilidade de manutenção em ambientes desafiadores. Sua estrutura modular permite receber equipamentos de missão, armamentos e enlaces de dados táticos, tornando-o ideal para operações de rápida projeção de poder.
O SMACE foi desenvolvido para dotar o CFN de uma capacidade inédita no país: combater com alta precisão a partir de forças leves, distribuídas e altamente móveis. O míssil MAX 1.2AC fornece o poder anti-carro, enquanto o drone QX-2 amplia o alcance da vigilância, reconhecimento e ataque, permitindo engajamentos mais precisos e coordenação em tempo real. Em conjunto, o sistema oferece consciência situacional avançada, engajamento rápido e integração plena entre os vetores terrestre e aéreo.
Segundo o planejamento, o primeiro conjunto do SMACE, composto por dois ISV 4×4 e seus sistemas embarcados, será entregue ao CFN em 2026 para avaliação operacional. A partir dessa etapa, a Força deverá expandir o número de unidades nos anos seguintes, consolidando uma nova doutrina expedicionária baseada em mobilidade, conectividade e letalidade ampliada.
A escolha do ISV 4×4 e a integração nacional conduzida pela SIATT reforçam a busca da Marinha por soluções inovadoras e interoperáveis, ao mesmo tempo em que fortalecem a Base Industrial de Defesa brasileira. O SMACE surge como um dos mais avançados sistemas anti-carro já concebidos na América Latina, alinhado às exigências contemporâneas de operações anfíbias e litorâneas.
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