Informações obtidas com exclusividade pelo GBN Defense junto a fontes do setor de defesa apontam que um movimento discreto poderá resultar na retomada de parte dos projetos desenvolvidos pela antiga Mectron, empresa que por décadas foi referência nacional no desenvolvimento de mísseis guiados e sistemas de alta tecnologia. As conversas ainda ocorrem de forma reservada, mas indicam um interesse real em dar continuidade a programas considerados estratégicos para a soberania militar brasileira.
Segundo apurado, uma empresa brasileira do segmento de defesa estaria avançando em tratativas para assumir o desenvolvimento de tecnologias anteriormente conduzidas pela Mectron. Embora os detalhes permaneçam sob confidencialidade, as informações convergem para a possibilidade de reativação de conhecimentos e capacidades que estavam paralisados desde o encerramento das atividades da companhia.
A importância do legado da Mectron
A Mectron se destacou como uma das poucas empresas da América Latina capazes de desenvolver mísseis de forma independente, acumulando expertise que levou o Brasil a um patamar diferenciado no setor. Entre seus projetos mais relevantes estão o Míssil Ar-Ar de curto alcance MAA-1B (Míssil Aéreo Ar 1-B) e o Míssil Antirradiação MAR-1, ambos considerados pilares para a consolidação de uma base tecnológica autônoma em armamentos inteligentes.
O MAA-1B representou um salto na capacidade de combate aproximado (dogfight) para a aviação de caça brasileira, integrando sensores e sistemas de guiagem infravermelha que aproximaram o país do padrão tecnológico de nações desenvolvidas. Já o MAR-1 elevou o Brasil ao seleto grupo de países com domínio no desenvolvimento de mísseis antirradiação, capazes de neutralizar radares e sistemas de defesa inimigos, um ativo estratégico no cenário moderno de combate.
Por que isso importa agora
Se essa movimentação se confirmar, ela poderá marcar uma inflexão no esforço de reconstrução da autonomia brasileira no setor de mísseis. Retomar projetos interrompidos significa não apenas recuperar conhecimento crítico, mas também evitar a perda de competências acumuladas ao longo de décadas de investimento público e privado.
A possível reativação desses programas também teria implicações diretas para a Força Aérea Brasileira (FAB), especialmente considerando a introdução do caça F-39E Gripen, que abre novas oportunidades de integração de armamentos nacionais. Manter a capacidade de produzir mísseis próprios reduz dependência externa e fortalece a soberania do país em um campo altamente sensível.
O que dizem especialistas
Profissionais ligados ao setor, ouvidos pelo GBN Defense sob condição de anonimato, avaliam que este movimento pode ser decisivo para impedir a dispersão total do know-how construído pela Mectron. Uma fonte com experiência em programas estratégicos descreveu a iniciativa como “uma oportunidade de reconstrução de capacidades críticas que o Brasil não pode perder novamente”.
Por ora, o cenário ainda exige prudência. Nenhum anúncio oficial foi feito, e o GBN Defense não divulgará o nome da empresa envolvida até que haja confirmação pública e transparente sobre o processo. A discrição tem como objetivo preservar fontes, evitar especulações prematuras e manter responsabilidade com a informação sensível.
Caso o movimento se consolide, será possível afirmar que o Brasil ensaia um retorno a um caminho de autonomia tecnológica em mísseis, um setor no qual já demonstrou competência, mas que exige continuidade, apoio institucional e visão estratégica de longo prazo.
GBN Defense - A informação começa aqui





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