domingo, 24 de agosto de 2025

Eagleshield: tecnologia da Thales fortalece segurança contra drones em aeroportos

Nos últimos anos, os drones se popularizaram em todo o mundo, trazendo benefícios indiscutíveis para setores como inspeções industriais, logística e produção audiovisual. Porém, o crescimento acelerado do uso desses veículos aéreos não tripulados também expôs vulnerabilidades críticas, especialmente em áreas de alta sensibilidade, como os aeroportos.

A presença de drones não autorizados próximos às rotas de pouso e decolagem representa um risco real à aviação civil. Além de provocar atrasos e prejuízos financeiros, incidentes desse tipo podem levar a situações de extremo perigo, colocando vidas humanas em risco. Casos recentes no Brasil e no exterior já demonstraram como aeronaves de pequeno porte, operadas por amadores ou pessoas desavisadas, são capazes de comprometer a integridade das operações aéreas.

Desafios técnicos na defesa do espaço aéreo

Detectar e neutralizar drones em ambiente aeroportuário é uma tarefa complexa. Esses equipamentos são pequenos, velozes e muitas vezes operam em trajetórias irregulares, o que dificulta sua identificação por radares convencionais. Além disso, há o desafio de distinguir drones de outros objetos, como aves, em cenários já sobrecarregados de sinais.

Métodos tradicionais de neutralização também não são adequados, pois podem interferir nas próprias operações aéreas, gerando riscos colaterais. Esse quadro demanda soluções de alta precisão, que sejam ao mesmo tempo eficazes e seguras.

Eagleshield: resposta tecnológica da Thales

Para enfrentar esse desafio, a Thales desenvolveu o Eagleshield, sistema integrado de proteção que já está em operação em aeroportos da Europa. A solução combina sensores avançados – como o radar holográfico 3D Gamekeeper, com alcance de até 18 km – a câmeras ópticas e infravermelhas, além de sistemas de radiofrequência. Essa integração permite detectar, identificar, classificar e rastrear drones com elevada precisão.

O Eagleshield também pode ser conectado a sistemas de gerenciamento de tráfego aéreo de aeronaves não tripuladas (UTM) e a plataformas regulatórias, como o SARPAS, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), ampliando a consciência situacional no espaço aéreo.
Quando autorizado pela legislação, a tecnologia ainda pode incorporar sistemas de neutralização automatizados, capazes de responder de forma rápida e segura às ameaças detectadas.

Benefícios e perspectivas

Entre os principais ganhos da adoção do Eagleshield estão a redução dos riscos de colisões durante pousos e decolagens, a diminuição de atrasos e prejuízos econômicos e o fortalecimento da confiança pública no transporte aéreo. Além disso, a tecnologia ajuda aeroportos a cumprirem exigências internacionais de segurança e regulamentação.

Com a evolução contínua dos drones e da inteligência artificial, especialistas projetam que sistemas como o Eagleshield se tornarão parte essencial da infraestrutura aeroportuária global. O futuro, segundo analistas, dependerá da cooperação entre autoridades reguladoras, operadores aeroportuários e fornecedores de tecnologia, aliados a investimentos em capacitação e conscientização pública para reduzir incidentes envolvendo drones amadores.

A crescente ameaça representada por drones não autorizados exige soluções robustas e inteligentes. Nesse cenário, a plataforma da Thales se consolida como uma ferramenta estratégica, oferecendo não apenas maior proteção ao espaço aéreo, mas também garantindo a segurança e a eficiência de um dos setores mais críticos do transporte mundial: a aviação civil.


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com FSB



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