quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Nova Zelândia investe US$ 1,6 bilhão em helicópteros e aeronaves para reforçar defesa

Visando modernizar sua capacidade de defesa, a Nova Zelândia anunciou nesta quinta-feira (21), a aquisição de cinco helicópteros MH-60R Seahawk e duas aeronaves Airbus A321XLR, representando um investimento total de aproximadamente US$ 1,6 bilhão. Trata-se do primeiro grande investimento desde a decisão do governo de substituir a antiga frota de defesa do país.

Dos recursos anunciados, cerca de US$ 1,2 bilhão serão destinados à compra dos helicópteros MH-60R Seahawk, produzidos pela Sikorsky, enquanto US$ 420 milhões serão utilizados na aquisição das aeronaves Airbus. A decisão foi comunicada em declaração conjunta da Ministra da Defesa, Judith Collins, e do Ministro das Relações Exteriores, Winston Peters.

Ambos os investimentos fazem parte do Plano de Capacidade de Defesa, apresentado em abril, que prevê um aumento de gastos com defesa de aproximadamente US$ 5,4 bilhões nos próximos quatro anos e o objetivo de elevar a fatia do orçamento militar para 2% do PIB nos próximos oito anos. Segundo Collins, a compra dos MH-60R será realizada diretamente por meio do programa de Vendas Militares Estrangeiras dos Estados Unidos, evitando processos de licitação mais amplos. O contrato final será analisado pelo gabinete do governo no próximo ano.

Os novos Airbus A321XLR substituirão os antigos Boeing 757 da Força de Defesa da Nova Zelândia, que já operam há mais de 30 anos e vinham apresentando falhas recorrentes, obrigando os líderes do país a recorrer a voos comerciais em algumas ocasiões. As aeronaves serão adquiridas em um contrato de arrendamento de seis anos, com opção de compra.

"Esta decisão garantirá que a Nova Zelândia tenha uma frota crítica, capaz de combater, interoperável e confiável", afirmou Collins, destacando a importância da modernização para a segurança do país. Peters acrescentou que os investimentos refletem uma resposta à "forte deterioração do ambiente de segurança", citando o aumento das tensões globais e a necessidade de proteger a prosperidade econômica nacional.

O contexto geopolítico reforça a urgência da medida. Um relatório de inteligência recente aponta que a Nova Zelândia enfrenta desafios de segurança sem precedentes, com aumento das ameaças de interferência estrangeira e espionagem, particularmente provenientes da China.

Com essas aquisições, a Nova Zelândia busca não apenas atualizar equipamentos envelhecidos, mas também fortalecer sua capacidade de resposta a crises, garantir interoperabilidade com aliados internacionais e assegurar a proteção de seus interesses estratégicos em um cenário global cada vez mais complexo.


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com Reuters


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