terça-feira, 26 de novembro de 2013

Forças Armadas recebem segunda brigada de sistemas de mísseis Iskander

 
A cada ano, duas brigadas de sistemas Iskander-M, composta cada uma por 12 lançadores autopropulsados e uma frota de veículos de apoio, devem ser entregues ao Exército.  
 
As Forças Armadas russas receberam a segunda brigada de sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que será estacionada na região de Krasnodar, no sul do país. A primeira brigada entregue às Forças Armadas no último verão foi instalada em Birobidjan, no Extremo Oriente. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, sabe-se que o programa federal de armamentos até 2020 prevê a criação de 10 brigadas de sistemas Iskander-M. A cada ano, duas brigadas destes sistemas, composta cada uma por 12 lançadores autopropulsados e uma frota de veículos de apoio, devem ser entregues ao Exército.
 
Os Comandos Militares do Centro e do Oeste contam com batalhões especiais de Iskander-M, mas as brigadas de Iskander-M só estão, por enquanto, em serviço nos Comandos Militares do Sul e do Leste.
 
Além da Rússia, nenhum país do mundo possui o Iskander-M, concebido para ser entregue a um país do Oriente Médio, possivelmente à Síria. Seu apelido, Iskander, significa Alexandre Magno em árabe. O sistema, no entanto, não chegou a ser entregue a seu destinatário devido à retomada das relações diplomáticas entre a Rússia e Israel no início dos anos 1990 e ao pedido do governo israelense para não entregá-lo ao Oriente Médio.
 
Mesmo assim, a versão de exportação do Iskander-M existe, a Iskander-E. Seus mísseis têm alcance máximo de 300 km. Conforme as normas fixadas por acordos internacionais, os mísseis destinados à exportação não podem ter um alcance superior a 300 km. Além do Iskander-E, a Rússia possui os sistemas Iskander-M e Iskander-K.
 
O Iskander-M leva mísseis balísticos com um alcance máximo de 500 km. Um alcance maior é proibido pelo Tratado INF (Tratado de Eliminação dos Mísseis de Médio e Curto Alcance entre a Rússia e os EUA). O Iskander-K conta com dois mísseis de cruzeiro supersônicos, que são extremamente difíceis de detectar por sistemas de defesa antiaérea e antimíssil.
 
Todavia, a principal vantagem dos mísseis Iskander é que eles voam em uma trajetória irregular e imprevisível. O míssil lançado pelo Iskander-M segue uma trajetória de míssil balístico depois voa como míssil de cruzeiro e, em seguida, retoma a trajetória balística para se aproximar do alvo a uma velocidade supersônica. O mesmo acontece com os mísseis de cruzeiro. Os mísseis dos sistemas Iskander podem ser equipados com ogivas explosivas, de fragmentação e nucleares.
 
As ogivas nucleares são armazenadas nos depósitos do Ministério da Defesa. Mas se a proposta da Rússia de retirar todas as armas nucleares para os territórios nacionais dos países detentores endereçada sobretudo aos EUA, que mantêm na Europa cerca de duzentas bombas atômicas B61, não for aceita, não podemos descartar que as ogivas nucleares passem a ser armazenadas perto dos locais de estacionamento dos Iskander.
 
Um aspecto deve ser assinalado. As brigadas de sistemas Iskander não possuem equipamento de reconhecimento. Sua função é cumprir missões de combate fixadas pelo comando de um exército ou de um Comando Militar de área. Portanto, recebem as coordenadas de alvos dos comandantes superiores, que, por sua vez, recebem informações de satélites, aviões de reconhecimento aéreo, aeronaves não tripuladas e outras fontes. Nesse nível, é elaborado um termo de informação e compatibilidade tecnológica único, que inclui uma nomenclatura, formato e o algoritmo uniformes de recepção e transmissão de informações para os sistemas de combate de todos os ramos das Forças Armadas do país.
 
Segundo o comandante das tropas de mísseis e de artilharia do Exército, general Mikhail Matvéevski, suas unidades utilizam não só os meios de reconhecimento tradicionais, mas também aeronaves não tripuladas, que permitem identificar alvos inimigos em tempo real.
 
Fonte: Gazeta Russa
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