terça-feira, 21 de junho de 2011

Otan perde helicóptero na Líbia em meio a criticas pela morte de civis


Otan, acusada pelo regime líbio de provocar a morte de 24 civis em 48 horas de bombardeios, reconheceu nesta terça-feira a perda de um helicóptero não tripulado, embora negue que o aparelho tenha sido derrubado, segundo um porta-voz.

A Aliança Atlântica reconheceu nesta terça-feira a perda de sua primeira aeronave na Líbia, um helicóptero pilotado por controle remoto que realizava uma missão de vigilância nas imediações de Zliten (oeste), embora tenha desmentido que a máquina foi abatida, tal como havia anunciado pouco antes a televisão líbia.

A televisão estatal havia difundido imagens da carcaça da aeronave, que identificou como um Apache, derrubado em Zliten, 160 quilômetros a leste da capital e 40 quilômetros a oeste da cidade rebelde de Misrata.



Posteriormente, funcionários de defesa americanos informaram que a aeronave era na realidade um Fire Scout, um novo tipo de helicóptero não tripulado americano.

A perda dessa aeronave ocorre no momento em que a operação militar da Otan na Líbia está sendo criticada após a morte de 24 civis em apenas 48 horas de bombardeios da Aliança em Sorman (oeste) e em Trípoli, segundo o regime do coronel Kadhafi.

Na segunda-feira, a Otan efetuou um ataque aéreo a Sorman, 70 quilômetros a oeste de Trípoli, que provocou, de acordo com o regime líbio, a morte de 15 pessoas, entre elas três crianças.

O alvo, atingido por oito mísseis, foi a residência de Khuildi Hmidi, que fazia parte do conselho de comando da revolução de 1969 que levou Kadhafi ao poder.

Um jornalista da AFP levado ao local junto com outros correspondentes estrangeiros viu vários edifícios destruídos.

Depois, foi conduzido ao hospital de Sabratha, a cerca de 10 km de Sorman, onde viu nove corpos, entre eles os de duas crianças, e partes de outros corpos, incluindo os de uma criança.

A Otan admitiu ter efetuado um "ataque de precisão" em Sorman contra "um centro de comando e de controle de alto nível".

No entanto, a Aliança já teve que reconhecer no final de semana passado dois erros: admitiu ter matado no domingo nove civis em um bombardeio em Trípoli e ter atacado uma coluna de veículos da rebelião em Brega (leste), no dia 16 de junho.

Esses acontecimentos suscitaram fortes críticas. Coincidindo com a visita a Pequim do primeiro-ministro do Conselho Nacional de Segurança (CNT, órgão político da rebelião), Mahmud Jibril, o governo chinês assegurou nesta terça-feira que a situação atual na Líbia "não pode durar mais" e conclamou ambas as partes a negociar uma "solução política".

"A Otan coloca em jogo a sua credibilidade. Não podemos correr o risco de matar civis", disse na segunda-feira o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini.

Mas a maior contestação é feita pelos Estados Unidos, onde vários congressistas ameaçaram suprimir o financiamento da operação porque o presidente Barack Obama não consultou o Congresso sobre seu envolvimento no conflito


Fonte: AFP
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