quarta-feira, 29 de junho de 2011

França dá mísseis e fuzis aos rebeldes líbios, diz jornal



A França enviou armas aos rebeldes líbios das áreas montanhosas ao sul de Trípoli para tentar acabar com o impasse na guerra com as forças do ditador Muammar Gaddafi e permitir que os oposicionistas possam avançar até a capital da Líbia. A informação é do jornal francês "Le Figaro".

Os rebeldes líbios pediram inúmeras vezes aos países ocidentais por armas melhores, para combater as forças de Gaddafi. A coalizão, contudo, rejeitou oficialmente os apelos, com medo das consequências de armar grupos desconhecidos.

No começo da ofensiva internacional, contudo, houve relatos de que o Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político rebelde, recebeu armas do Qatar e de outros emirados do Golfo em Benghazi e Misrata. A ajuda nunca foi confirmada.

Segundo o jornal, as armas incluem mísseis antitanque do tipo Milan, foguetes, fuzis e metralhadoras. Elas foram entregues aos rebeldes líbios na região de Djebel Nafusa, nas últimas semanas, por meio de lançamentos com paraquedas --que permite uma aterrissagem de grande precisão.

A "ajuda" teria vindo depois da França constatar, no começo de maio, que a ofensiva dos rebeldes não conseguia ganhar terreno na Líbia e que as frentes de batalha corriam risco de se estabilizar.

De acordo com o "Le Figaro", as armas enviadas pela França ajudaram os rebeldes a controlar uma ampla zona que vai da fronteira com Túnez a Gharian, cerca de 60 km ao sul de Trípoli. Eles tomaram as cidades de Nalut, Tiji, Al Jawsh, Shakshuk e Yafran.

O avanço garantiu ainda controle de pistas de aterrissagem por onde chegam pequenos aviões do Golfo.

A ideia é que os rebeldes consigam chegar a Trípoli para organizar uma revolta no reduto das forças de Gaddafi, com a ajuda dos mercenários do regime que estariam insatisfeitos, sem receber salário, e da própria população, que sofre uma escassez de gasolina e "não aguenta mais".

Um alto funcionário citado pelo "Le Figaro" afirma que a França agiu por conta própria, sem o apoio dos países aliados na intervenção militar na Líbia, comandada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Fonte: Folha
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