quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ONU, Europa e EUA condenam novos assentamentos israelenses


Agricultor palestino observa oliveiras partidas, após ataque de colonos israelenses na vila de Qusra, na Cisjordânia

O governo americano afirmou nesta terça-feira estar "profundamente decepcionado" por conta do anúncio israelense de que foi aprovada a construção de 1.100 casas para colonos em Jerusalém Oriental em zona ocupada na Guerra dos Seis Dias de 1967.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, a decisão de Israel "é improdutiva em relação aos esforços para recomeçar as negociações diretas" entre o governo israelense e os palestinos.

De acordo com comunicado de Israel, o público tem 60 dias para apresentar objeções ao plano. O comitê de urbanização, ligado ao Ministério do Interior, examinará as eventuais objeções antes de anunciar uma licitação para a construção das casas.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também criticou os planos do governo israelense e pediu às autoridades do país que desistam da ideia. "Pedimos às duas partes que evitem medidas provocativas e, portanto, lamento enormemente que hoje se tenha decidico continuar com os assentamentos", afirmou.

Segundo ela, o plano deveria ser cancelado porque o aumento dos assentados "ameaça a viabilidade da solução de dois Estados".

O enviado da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, se uniu às vozes dos americanos e europeus contra a decisão e considerou a decisão "muito preocupante", além de ignorar, segundo ele, o pedido de que se evitem medidas provocativas. "Isso transmite um sinal errado em um momento delicado", disse.

Para Serry, as novas construções vão contra regras do direito internacional e mina as possibilidades de reavivar as negociações por um acordo de dois Estados e pelo fim do conflito na região.

A decisão de Israel vem depois de uma declaração do Quarteto, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU, que ajudam no diálogo, que pedia aos israelenses e palestinos que retomem as negociações e alcancem um acordo de paz em 2012, criando um Estado palestino no mesmo ano.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, deu a entender que não tinha a intenção de congelar novamente a colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a parte da cidade ocupada e anexada por Israel em 1967, para tentar reabrir as negociações com os palestinos.

"É um pretexto que usam e voltam a usar, mas muitas pessoas consideram que é uma estratégia para evitar as negociações diretas", declarou ao "Jerusalem Post", em referência à exigência dos palestinos de que Israel congele a colonização para retomar as negociações de paz.

Fonte: Folha
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